Ananias expirou e morreu ali mesmo. Ele teve tempo suficiente para voltar. Mas estava completamente deslumbrado, imaginando o quanto todos o admirariam. Provavelmente ele pensou: “O Senhor não o vê” (Sl 94.7). Mas estes são momentos longe de Deus: “Diz ele no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou seu rosto e não verá isto nunca” (Sl 10.11).
Os textos bíblicos que falam da condenação de Deus são pesados. Eles nos causam medo e repulsa. Analisemos mais uma vez Josué 7.13-15 e 24-26: Toda a descendência de Acã, com tudo o que possuíam, sucumbiu ao juízo divino. São palavras perturbadoras, escritas para nós. Trata-se da santidade de Deus, cuja profundidade nós, seres humanos pecadores, não conseguimos compreender. – O profeta Isaías teve a oportunidade de contemplar numa visão o céu aberto. Serafins cercavam o trono de Deus e clamavam ininterruptamente: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória!” Com suas asas, eles cobriam o rosto e os pés. Não ousavam levantar os olhos para Deus. E Isaías? Ficou apavorado. Quando a fumaça da glória de Deus o atingiu, ele clamou: “Ai de mim! estou perdido!” Depois deste grito de medo um anjo pegou uma brasa acesa e com ela tocou a sua boca (Is 6.1-7). Este era um ato de purificação, para torná-lo digno de estar na presença de Deus. Depois disso, ele pôde suportar a presença de Deus. Ananias morreu porque subestimou a santidade de Deus. Acã reconheceu seu pecado. Mas ninguém se apodera de algo que pertence a Deus sem ficar impune. Neste contexto, leia o aparente paradoxo que encontramos em Filipenses 2.12 e 13 e Salmo 2.11.