Campanha Em comunhão com as viDas das mulheres


História de vida de Lia Frank Gerlach

25/05/2015


Nome: Lia Frank Gerlach

 

Tempo de participação na IECLB: Desde o Batismo 

 

Comunidade: Toledo - PR

 

Paróquia: Toledo

 

Sínodo: Rio Paraná

 

 

 

Devido à importante influência da Igreja em minha história de vida, tomei a decisão de participar desta coletânea que certamente trará grande quantidade de fatos interessantes e diversificados.

Antes de mais nada, quero me apresentar. Sou Lia Frank Gerlach, tenho 64 anos de idade e sempre pertenci à IECLB de Toledo, no oeste paranaense, onde sempre vivi juntamente com minha família.

Cresci sempre ouvindo meus pais, irmãos e amigos falarem em culto, escola dominical, ensino confirmatório, juventude e do importante papel dos pastores em todo esse processo.

Aos poucos, fui percebendo que os momentos mais significativos, como, por exemplo, batismos, confirmações, casamentos e também festas, eram realizados pela Igreja. Portanto, seu papel era fundamental e importantíssimo na vida de todos nós que formávamos a pequena comunidade daquela época. Desde então, achava muito bom quando eu, ainda criança, podia contribuir de algum modo.

Lembro que me enchia de orgulho e alegria quando via meus pais colaborando da forma que podiam na construção da igreja e do salão da Comunidade. Vale a pena lembrar que este salão foi adaptado para que ali funcionasse uma Escola pertencente à Comunidade, onde passei os primeiros ciclos da minha vida escolar.

Nossa vida, digamos social, girava em torno da Igreja. Meus irmãos eram participantes da juventude e professores do culto infantil, e minha mãe sempre participou da OASE. E eu ia crescendo e observando todos esses fatos.

Estava transcorrendo tudo bem, até que um dia meu pai faleceu de forma trágica e repentina. Esse fato me fez perceber e sentir a importância de um pastor e da Igreja numa hora como essa. Foi muito complicado, mas a vida em comunidade não perdeu seu encanto e seu valor pelo contrário, fortaleceu a fé e a esperança. Bem sabemos que, enquanto seres humanos que somos, a fé em Deus e a vida em comunhão são uma necessidade. A igreja favorece esse convívio social, incentiva e nos sustenta espiritualmente. Assim, fortalecemos a nossa fé.

Cada pessoa tem o compromisso de participar das atividades da Igreja, sugerir novas ideias e cobrar dos ministros e do presbitério ações que fortaleçam a fé, a espiritualidade dos membros.

Penso que a vida em comunidade, como Igreja, pode nos proporcionar momentos de intensas alegrias, através dos amigos que podemos conquistar, doando espontaneamente aquilo que temos a oferecer, do conhecimento bíblico e de orações, enfim, chegando a uma vida de fé mais ampla, e, por consequência, gratificante.

Desenvolvi estes conceitos ao longo do tempo de forma simples, pois sou leiga, com pouca fundamentação na questão teológica.

Lembro-me com saudade da alegria que sentia ao chegar cada domingo, pois aí tinha culto infantil. Era muito bom reencontrar as outras crianças, cantar e ouvir histórias da Bíblia. Quando se aproximavam datas especiais como Natal e Páscoa, a alegria era ainda maior. Era de praxe apresentarmos para a comunidade pequenas peças de teatro, declamações de poesias e cantos.

No período da juventude era a mesma coisa. Era um grupo pequeno, mas muito assíduo e participativo. Foi um marco importantíssimo na minha vida.

Essas vivências na Igreja até a idade adulta tiveram influências positivas para mim, tanto na concepção de valores quanto na formação do caráter e, sobremaneira, na fé que hoje me leva a seguir a caminhada, participando do grupo da OASE. Ali, mesmo de forma tímida, é possível contribuir de algum modo na vida da comunidade. É muito bom o encontro semanal, que espero sempre com ansiedade. Sou meio novata no grupo, pois só pude iniciar essa caminhada após a aposentadoria.

Segundo tenho observado, penso que talvez pudessem ser implementadas algumas pequenas mudanças que tornariam a comunidade e a Igreja em si ainda mais dinâmica e atuante, atingindo uma parcela maior da sociedade. Por exemplo: faz parte da rotina da OASE visitar pessoas idosas ou doentes levando palavras de conforto e esperança e cantando hinos de louvor. Fazemos doações a entidades beneficentes, contribuímos com nosso tempo e trabalho nas promoções de modo geral.

O trabalho espiritual realizado pelos pastores através de estudos bíblicos e meditações nos leva a perceber de forma consciente que podemos e devemos fazer muito mais. O lema da OASE: COMUNHÃO – TESTEMUNHO - SERVIÇO, segundo meu modesto entendimento, abre portas para ações comunitárias bem mais amplas.

Encerro este relato com o seguinte versículo bíblico:

Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).


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