Nas comemorações do centenário da OGA em 2010, foi lançado o livro “Uma obra de muitas mãos”. Durante toda a trajetória de 36 anos do meu relacionamento direto com o trabalho da OGA, concordo com o título deste livro.
A sua história mostra-nos que desde a sua criação até hoje, a OGA sempre contou com a participação ativa de muita gente, de muitas crianças, jovens e adultos. Aliás, o meu relacionamento com a OGA iniciou quando eu tinha 8 anos, e participei da campanha de crianças em favor da OGA. Este período foi até os 14 anos, ano de minha confirmação.
Depois, já nas minhas atividades pastorais em comunidades da IECLB, o empenho em favor da OGA sempre estava presente em meu trabalho.
E só ao assumir a função de Secretário de Missão da IECLB, assumi um maior compromisso de acompanhamento deste trabalho, realizado por pessoas voluntárias das comunidades que formavam sua diretoria e com a indicação de um pastor que coordenava esse trabalho, liberado por tempo parcial pela comunidade onde atuava. Depois, com o aumento cada vez maior das atividades, a OGA foi transformada numa entidade jurídica, com estatutos e uma estrutura administrativa, assim como existe e atua até hoje.
Durante essas mudanças, pode-se constatar que a responsabilidade da participação dos membros das comunidades na arrecadação financeira tornou-se cada vez maior. Se antes as comunidades participavam substancialmente com a venda de materiais disponibilizados pela OGA, isso mudou, pois os cartões para ocasiões especiais na vida dos membros não têm mais a mesma procura. A campanha de selos usados por colecionadores também está diminuindo. Mesmo assim, temos pessoas abnegadas que continuam a motivar colecionadores que se interessam por esse assunto e assim conseguem juntar dinheiro para apoiar projetos que trabalham com crianças.
No mais, entendo que precisamos reciclar-nos na forma de arrecadar fundos.
Para finalizar, quero dizer que sempre trabalhei contando com a participação da diretoria nas tomadas de decisões. Também entendo que os representantes sinodais são um potencial que pode ser mais incentivado e apoiado.
Também vejo na Ação Confirmandos uma iniciativa que deve ser mais adotada pelas comunidades da nossa Igreja.
Coloco muita expectativa na nova diretoria eleita em julho deste ano e que foi empossada na reunião de 12 de dezembro.
Desejo que os/as integrantes da nova diretoria tenham o ânimo necessário para gerir bem os trabalhos a partir de janeiro de 2023. Mostras para isso todos já deram o suficiente.
Rui L. Bernhard
Presidente (Gestão 2019-2022)