Esta talvez é a frase mais desesperançosa de toda a Bíblia. Quem a diz é Caifás, o Sumo Sacerdote. Ele capta rapidamente que Jesus precisa ser sacrificado para evitar uma revolta perigosa contra os romanos.
Não tem outra: Jesus tem que morrer. Caifás sabe que é errado matar Jesus, mas como político hábil ele não perde tempo remoendo esta triste opção.
Triste porque com isto tudo estaria no fim. Estaria provado que a vida se resume a uma escolha entre opções negativas. Não há saída.
Até parece mas ainda bem que tem Deus na jogada. Este deixa morrer a última esperança para logo ressuscitar lá e mostrar que o seu poder vai além dos nossos dilemas.
Para nos isto resulta num olhar crítico, toda vez que percebemos que tem alguém para ser rifado. Chega com os Bodes expiatórios! O Deus da vida, o Pai de Jesus Cristo, nos cobra outras soluções do que a caça aos rifados.
Isto vale para a família, para a comunidade e, sobretudo para a sociedade. Lá tem esta palavra do “sacrifício necessário, que, grande surpresa, devem oferecer os pobres e fracos.
Será? Quem ressuscita com Cristo ganha um olhar corajoso que enxerga a presença do Reino de Deus para além e acima de todos os dilemas!
P. Guilherme Nordmann