Não deixe de fazer o bem aos que dele precisam,
estando em sua mão o poder de fazê-lo. (Provérbios 3.27)
Este é o lema bíblico para o mês de maio. Neste texto de Provérbios, Salomão nos ensina que não devemos medir esforços para praticar o bem. Praticar o bem significa cultivar a solidariedade, a justiça e a paz, promovendo a dignidade das pessoas e o cuidado com a criação de Deus. Salomão nos admoesta a sermos pessoas misericordiosas. Esse é o desejo de Deus. Em resposta, podemos e devemos agir em solidariedade, fazendo o bem a quem necessitar e promovendo transformação no contexto em que vivemos.
Maio é um mês com várias datas especiais, como o Dia do Trabalho (ou Dia das Pessoas Trabalhadoras) e o Dia das Mães. Em maio celebramos também a Ascensão de Jesus Cristo e o Dia de Pentecostes. Celebrar datas especiais tem sempre dois lados: a dádiva da lembrança e a comemoração do significado que as datas carregam, e as dificuldades para as quais elas apontam.
Sabemos da importância do trabalho para a dignidade humana e para o sustento, ao mesmo tempo em que vemos muitas pessoas com dificuldades para conseguir emprego. Celebramos que muitas mulheres que também são mães conseguem equilibrar suas vidas entre o cuidado de si mesmas, o trabalho e a família, incluindo o cuidado e a educação de filhos e filhas. Lamentamos e nos solidarizamos, porém, com muitas mães que, em consequência do desemprego e da pobreza, não dispõem de condições dignas para criar e educar suas crianças, situação agravada sobretudo quando maridos e companheiros são ausentes ou omissos.
De forma semelhante, quais são as necessidades que percebemos em nossa comunidade, ali onde vivemos e trabalhamos? Carência de alimentos, falta de moradia digna, ausência de perspectiva e sentido de vida, falta de respeito e de humanidade, descuido com a criação de Deus e outras tantas situações? Sabemos que esta lista de necessidades é extensa.
O lema do mês, de Provérbios, nos convida a refletirmos: onde fazer o bem está ao nosso alcance? Onde podemos ajudar? Provérbios não propõe que nossa comunidade resolva todos os problemas. Contudo, nos desafia a olhar o entorno onde vivemos e identificar as necessidades. A partir destas, podemos organizar formas de atuação e de serviço, promovendo transformação. Estamos fazendo isso em nossa comunidade? Ou, qual é o bem que fazemos ali onde vivemos?
Há variadas formas de fazer o bem. Suas mãos podem se juntar em oração! Suas mãos podem dar carinho e cuidar de pessoas debilitadas. Em suas mãos está a doação de recursos para amparar as mais diversas necessidades das pessoas. Em suas mãos está a capacidade de estendê-las e acolher outras mãos, as quais em conjunto, de forma solidária, podem fazer o bem. Em suas mãos está, por exemplo, a possibilidade de organizar a sua rua para ficar mais limpa, de ajudar a cuidar da criança carente de amor.
No dia em que Jesus subiu ao céu, ele disse aos discípulos e discípulas: Vocês serão minhas testemunhas (At 1.8). Fazer o bem é dar bom testemunho de Cristo ali onde vivemos! Jesus ascendeu aos céus, mas prometeu que não nos deixaria sós. Por isso, enviou o Santo Espírito para nos acompanhar (Jo 14.16-17).
E, naquele primeiro dia de Pentecostes, quando os discípulos e as discípulas ficaram cheios do Espírito Santo (At 2.4), saíram de suas casas e começaram a dar testemunho do amor de Deus em Cristo Jesus. O Espírito Santo auxiliou e fez lembrar de tudo o que Jesus lhes disse (Jo 14.26). Assim, de igual forma, que o Espírito Santo nos auxilie a acolher esta mensagem de Provérbios, e que tudo o que está em nossas mãos seja efetivamente usado para fazer o bem ali onde vivemos!
Que a graça, a paz e o amor de Deus nos guardem e nos orientem.
Pa. Sílvia Beatrice Genz
Pastora Presidente
P. Odair Airton Braun
Pastor 1º Vice-Presidente
P. Dr. Mauro Batista de Souza
Pastor 2º Vice-Presidente
