Sínodo Vale do Itajaí



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ID: 21

Assembleia Sinodal Vale do Itajaí - 2010

Mensagem da 14ª Assembleia Sinodal

Nós, delegados das 30 paróquias, 85 comunidades, setores de trabalho e instituições, estivemos reunidos como 14ª Assembleia Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí, primeiro na Paróquia da Itoupava Central, depois, no Centro de Eventos Rodeio 12, em Rodeio (SC). Iniciamos esta Assembleia no dia 8 de abril, na Paróquia Evangélica de Itoupava Central, em Blumenau (SC), com Culto de Abertura, onde o ex-pastor presidente da IECLB, Dr. Gottfried Brakemeier, pregou sobre o que é ser Igreja Luterana. Para ele, na comunidade evangélica de confissão luterana, ministros e leigos são convidados a coordenar suas responsabilidades. Nosso modelo de Igreja é Sinodal. Para tanto, importa que procurem envolver a outra parte nos processos decisórios, evitando resoluções solitárias e buscando o entendimento mútuo.

Em Rodeio 12, nos dias 25 e 26 de junho, continuamos a reflexão sobre o tema “Superando Conflitos na Vida Comunitária”. A palestra, dirigida pelo pastor presidente da IECLB, Dr. Walter Altmann, refletiu sobre os conflitos na vida comunitária, a partir da visão paulina de Igreja como corpo de Cristo. Comparou os conflitos existentes na Comunidade de Corinto àqueles que experimentamos em nossas comunidades. A maneira como organizamos o Culto, o jeito como resolvemos nossos conflitos, nossa conduta na sociedade, a discriminação social, as divergências doutrinárias e as divisões internas são parecidas com os problemas descritos pelo apóstolo Paulo.

O pastor Altmann assinala que, como Igreja, somos a comunhão de pecadores. Porém, pela graça de Deus somos justificados em Cristo para viver a fé que leva à prática do amor. O amor não é somente um sentimento, mas se concretiza no dia-a-dia da vida comunitária, por meio de atitudes. A Igreja resgata espaços de convivência e, por isso, também existem conflitos. Os conflitos não são exclusividades de nossas comunidades. Acontecem onde há convivência. O fato de estarmos levantando esta discussão nos enriquece e constrói relações mais estáveis, sinceras e maduras.

A partir desta reflexão, sentimos, nos trabalhos em grupos, a necessidade de um cuidado maior com a relação que se constrói entre os ministros e lideranças comunitárias.

Por isso, foram apresentados caminhos que ajudam a resolver nossos conflitos. 1) vontade de querer superar o conflito; 2) buscar o valor maior em comum; 3) um conflito não se resolve pela votação, mas por diálogo e negociação, preocupados com a preservação da unidade; 4) procurar entender a outra parte e identificar o que ela tem de legítimo; 5) reconhecer os pontos em que se possa ceder; 6) buscar alternativas que possam ser aceitáveis por todas as partes. 7) solicitar mediação de quem goza de confiança de todos.

Partiu-se desta Assembleia com o forte desejo de viver um ambiente que privilegie a paz na resolução de nossos conflitos, a partir da prática do amor, a exemplo da atitude de Jesus Cristo. Iluminados pela palavra de Paulo em 1. Coríntios 1.2: “À Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos”, vivemos como peregrinos entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa anunciando libertação, justiça social, paz entre nós e no mundo, sustentabilidade da criação e amor como prática de vida.
 


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