Léa Stange de Oliveira, ou Dona Léa, como era conhecida por toda a IECLB, deixou fortes marcas em sua longa jornada como liderança da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Desde muito pequena já aprendeu a amar a igreja, quando seu avô Otto Stange a introduziu à vida eclesiástica. Ela nasceu em 15 de outubro de 1941, em Timbó/SC. Seu maior legado foi ter passado de geração em geração, para familiares e amigos, lideranças das mais diversas esferas da Igreja, este carinho e amor para com a missão de Deus por onde passou.
Dentre as inúmeras frentes de trabalho em que ela atuou, sem dúvida, o investimento na área da música é uma das mais importantes. Sempre foi uma grande incentivadora do canto comunitário e da formação de novas lideranças na área. Foi Dona Léa que esteve junto na criação do Seminário de Música de Rodeio 12 e que já instrumentalizou e formou milhares de pessoas ao longo dos anos. Ela também sempre foi uma entusiasta do trabalho com jovens na antiga segunda região eclesiástica e depois no Sínodo Vale do Itajaí, dons que foram herdados por seus filhos.
A incansável luta por uma igreja participativa, com lideranças que pudessem guiá-la, fez à Dona Léa serem confiados diversos cargos e atribuições na IECLB. Primeiro como membro na Paróquia de Itajaí, que teve grande participação na missão no litoral. Como liderança e presidente do Conselho Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí, onde caminhou em conjunto com as paróquias e comunidades, estimulando a formação de lideranças em todas as áreas. Léa foi umas das principais motivadoras para a construção da sede sinodal, não mediu esforços e tempo. Ela se empenhou na motivação e doações para a concretização deste sonho. Nos espaços planejados e pensados para as atividades do Sínodo no Edifício Catarina von Bora, certamente, têm as mãos de Dona Léa. Batalhadora e incentivadora, também na área da parceria internacional Vale do Itajaí - Nordfriesland/Alemanha. Ela sempre apostou nesta forma de intercâmbio cultural e de diálogo fraterno entre irmãos e irmãs de outra localidade.
Na IECLB, também ocupou diversas funções durante muitos anos. Participou de comissões e grupos de trabalho. A mais importante e última função foi atuar como vice-presidente do Conselho da Igreja.
Léa deixou toda a IECLB triste e de luto no último dia 17 de fevereiro, quando, por complicações causadas pelo vírus da Covid-19, partiu. Ela alcançou a idade de 79 anos e deixou enlutados o marido Warmor, dois filhos, duas filhas, uma nora, um genro, três netos, duas netas, três bisnetas, dois bisnetos, amigos e amigas e uma série de lideranças por onde passou. O sepultamento aconteceu no dia seguinte em Itajaí/SC.
Que a liderança desta incansável serva do Senhor, agora seja motivo de inspiração para as novas gerações. Que o seu legado seja lembrado com carinho e amor. Que a sua perseverança contagie mais e mais pessoas para o trabalho da Igreja de Jesus Cristo.