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“Hoje estou deixando que vocês escolham entre o bem e o mal, entre a vida e a morte. Se vocês obedecerem aos mandamentos do Senhor, nosso Deus, que hoje eu estou dando a vocês, e o amarem, e andarem no caminho que ele mostra, e cumprirem todas as suas leis e todos os seus mandamentos, vocês viverão muito tempo” (Deuteronômio 30.15-16).
Estas palavras foram proferidas há mais de mil e duzentos anos antes de Cristo pelo grande líder do povo israelita, Moisés. Antes disto, durante quatrocentos anos, o povo de Israel viveu como escravo no Egito. Livres da escravidão, eles peregrinaram por quarenta anos, para alcançar a terra prometida. Mas, antes de chegar à terra prometida, as tentações foram muitas. Por isto, Moisés interpela o povo para tomar a decisão entre o bem ou o mal, ou seja, entre vida ou morte. Deus dá a liberdade para o povo escolher o caminho que quer seguir. Porém, alerta que toda escolha tem suas implicações.
Hoje em dia vivemos numa sociedade livre. Diariamente somos confrontados com escolhas. Mas temos que estar cientes que cada escolha tem suas implicações. Escolher entre a vida ou a morte? Pergunta absurda, muitos diriam. Só um tolo iria escolher o caminho da morte. É claro que a vida tem mais valor! Mas será mesmo?
Quando vejo o número de jovens que perdem suas vidas em acidentes de trânsito, questiono: será que realmente optaram pelo caminho da vida ao pegar um carro e sair em alta velocidade? Quando vejo pessoas fazendo uso de drogas, trazendo sofrimento para sua família e destruição para o seu próprio corpo, questiono: será que estão optando pelo caminho da vida?
Talvez as escolhas nem sempre sejam tão conscientes, mas alguém que dirige um veículo ou uma moto de forma imprudente e em alta velocidade ou faz uso de drogas, certamente que acaba optando pelo caminho da morte.
Também penso nos mineiros que estão presos numa mina, no Chile, a mais de setecentos metros de profundidade. A eles cabe a difícil decisão de optar pela vida ou se entregar ao desespero e esperar a morte. Eles precisam reencontrar a esperança, sabendo que os dias que estão pela frente serão de “escuridão”, solidão, fraqueza... Neste caso, terão que realmente optar pela vida e ainda contribuir com o seu trabalho para que possam ser socorridos, mesmo sabendo que a tarefa não será fácil.
A vida exige escolhas. Nem sempre é tão fácil distinguir o bem do mal. Lembre-se: o joio e o trigo nascem juntos e é difícil, simplesmente, separá-los antes da colheita. Jesus deixou claro ao afirmar: quem quiser ser meu discípulo pegue a sua cruz e siga-me. Amar a Deus e seguir o caminho da vida cristã é uma escolha pessoal e que tem suas implicações na prática do dia-a-dia.
Nem todas, mas muitas escolhas estão nas tuas mãos. Por onde queres seguir?
Pastora Roili Borchardt Pastora Vice Sinodal do Sínodo Sul-Rio-Grandense (Publicado no Diário Popular - Pelotas - 05/09/10)
É isto que significa reconhecer Deus de forma apropriada: apreendê-lo não pelo seu poder ou por sua sabedoria, mas pela bondade e pelo amor. Então, a fé e a confiança podem subsistir e, então, a pessoa é verdadeiramente renascida em Deus.