
Lideranças do Setor Norte do Sínodo Sul-Rio-Grandense reunidas no dia 17 de agosto de 2019, na Comunidade em Camaquã, sob o tema Lideranças: construindo comunidades atrativas, acolhedoras e missionárias, com a assessoria do P. Dr. Emilio Voigt, puderam, novamente, ouvir o que os documentos normativos da IECLB falam sobre este assunto.
P. Emílio partiu do princípio que tudo está conectado. Somos seres que se relacionam. Assim também é na Igreja. Pessoas unem-se e se fortalecem formando comunidades, paróquias, sínodos com uma direção central. O serviço é a essência da igreja. Não somos prestadores de serviço, mas nosso servir é fazer a vontade de Deus. Na igreja não existem sócios, mas somos membros e formamos o Corpo de Cristo, onde todos cooperam para o bem do corpo.
Neste corpo somos todos iguais, pois somos criaturas de Deus à sua imagem e semelhança e porque somos batizados, bebemos do mesmo Espírito Santo. E este concede diferentes dons para serem colocados a serviço do bem comum. Assim tanto a igualdade quanto a diversidade são presentes divinos.
Neste Corpo somos inseridos pelo batismo ou pelo reconhecimento da confessionalidade. Temos atribuições como participar de culto, Santa Ceia, batizar filhos/as e educa-los na fé, receber a Bênção Matrimonial e cuidar para que mortos sejam sepultados, contribuir financeiramente e levar uma vida baseada na Palavra de Deus. Tomamos parte na missão de Deus. Somos uma igreja dos que caminham juntos.
Um ímã atrai. O celular e novas tecnologias atraem os jovens. Nossa igreja será atrativa na medida em que for relevante. E a relevância se dá pela vivência do Evangelho. A primeira comunidade cristã se unia em torno de quatro pilares: 1) Doutrina dos Apóstolos; 2) Comunhão; 3) Partir do Pão; 4) Oração. “E cada dia o Senhor fazia aumentar o grupo as pessoas que iam sendo salvas” (Atos 2.47b). Esta comunidade fazia a diferença na sociedade daquela época. Apontava uma alternativa ao que existia, pois vivenciavam o amor e a fé.
Comunidade acolhedora é aquela que valoriza as pessoas, especialmente as visitantes. Receber bem, cumprimentar, conversar é ação comunitária essencial. Ter uma dupla na porta para acolher os que vêm à atividade religiosa.
Comunidade missionária é a que vive e divulga a vontade de Deus. Isso é a essência da Igreja. Começa quando falamos bem da Igreja aos familiares, amigos, colegas de trabalho,... e assim animamos outros a tomar parte. Assim vemos e provamos sinais do Reino de Deus, que une pessoas e transforma vida e sociedade.
Por fim, P. Emílio ainda tocou no assunto dinheiro. O que motiva nossa contribuição? Contribuição é questão de fé. Deus nos aceita, perdoa e oferece seu reino. A fé leva à gratidão, para que o Evangelho seja levado adiante e pregado. Minha resposta de gratidão me leva a olhar para o que Deus fez em minha vida e não ficar olhando e reparando a vida do vizinho e como ele age. Venceremos muitas dificuldades na medida em que vamos superar a ideia de clube e de pagamento e passarmos a explicar e experimentar a Igreja como Corpo de Cristo, que serve fazendo a vontade de Deus, e que neste corpo contribuímos com tempo, talento e tesouros.
A Pastora Sinodal Roili Borchardt refletiu sobre a espiritualidade da liderança. Lembrou que presbítero precisa se abastecer das coisas de Deus para poder se fortalecer e repassar. Assim sendo, não se preocupa apenas com questões administrativas, mas precisa também de oração, leitura e reflexão na palavra de Deus.
A Advogada e Contadora do Sínodo Sra. Sandra Bergmann Schneider mais uma vez expôs as obrigações e os bônus da instituição perante as leis de nossa nação.