Marta e Maria eram irmãs que compartilhavam a casa com o irmão Lázaro. Duas mulheres simples, mas sempre muito hospitaleiras e atenciosas com o amigo Jesus. O comentário do evangelista João mostra que Jesus tinha laços de amizade muito fortes com essa família de Betânia (Jo 11.5). Marta e Maria foram exemplos na fé e no servir como bem diz uma canção: “Quero aprender com Maria a ouvir com devoção. Ter de Marta a energia pressa e dedicação. Acontece diaconia na ação com oração. Ser uma Marta-Maria que bonita devoção” (Rodolfo Gaede Neto).
Diante da morte do irmão, Marta vai ao encontro de Jesus. E num breve diálogo Jesus diz a ela: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso?” E Marta, convicta responde: “Sim, Senhor! Eu creio que o Senhor é o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo” (Jo 11.25-26).
Marta não tem dúvida que Jesus é o filho de Deus, o Messias tão esperado. Em meio à dor e à tristeza pelo falecimento do irmão ela simplesmente confia em Deus. E o desfecho foi a ressurreição de Lázaro. Jesus como filho de Deus tem poder sobre a morte. Ele vem para trazer vida, mesmo que antes disto ele próprio tivesse que passar pela morte como o sabemos e lembramos na sexta-feira santa.
Maria é uma mulher determinada e não está preocupada com normas e costumes da época. Por isto ela se senta aos pés de Jesus e ouve seus ensinamentos em uma época que era absolutamente incomum uma mulher ser ensinada. Noutro momento ela pega o que tem de mais precioso, isto é, seu perfume e o derrama sobre a cabeça de Jesus. Mesmo sendo alertada pelos discípulos por sua atitude ousada Jesus não a critica, pelo contrário, a elogia. O que Maria quer é aprender mais com Jesus, é oferecer a ele o que tem de melhor.
Marta e Maria cada uma à sua maneira ouve os ensinamentos de Jesus e tenta seguir o caminho ensinado pelo mestre. Afinal, quem se encontra com Jesus não permanece igual. Jesus sabia oferecer o que ninguém outro sabia oferecer. Jesus de forma simples, mas irmanado com o amor de Deus, abraçava, perdoava, incluía, ajudava, conversava, questionava e curava pessoas. E mesmo sendo o Filho de Deus e sabendo que podia ressuscitar a Lázaro, Jesus foi solidário na tristeza e chorou pela morte do amigo.
Que o exemplo de fé e dedicação da Marta e Maria para com o Filho de Deus continue inspirando pessoas no caminho da vida cristã.
Roili Borchardt – pastora vice sinodal