Este era o chamado de Deus para o povo de Israel: Ser um Reino de Sacerdotes que serviria a Javé, o Senhor. No chamado a Abraão já havia a intenção de abençoar todas as famílias da terra e na libertação da escravidão no Egito isso se define como um povo que vai anunciar o propósito de salvação e a graça de Deus a todos os povos. Israel deveria ser um povo diferente, separado exclusivamente, e viver segundo os propósitos do Senhor. As leis e mandamentos tinham a função de dar luz para o caminho a ser seguido e fazer com que o povo fosse um testemunho de luz e vida a todas as nações. Era um chamado para servir, mas também uma aliança de cuidado e proteção ao longo deste caminho. Ser este povo separado e chamado para uma missão especial dava a Israel a qualidade de povo exclusivo de Deus no que tange a mostrar o rosto de Deus aos outros povos, mas não o único a ter o amor de Deus. A exclusividade estava no fato de Israel ter a palavra de Deus para o mundo, a qual deveria reger todos os povos.
Israel não se manteve fiel ao Senhor e a vinda de Jesus abriu o espaço para a Igreja ser este povo de propriedade exclusiva de Deus, chamado a anunciar as maravilhas do Senhor e a salvação para a humanidade em Cristo Jesus. É o que Jesus dia aos seus discípulos no versículo de João: o Pai enviou Cristo e Ele, por sua vez, envia seus discípulos para a missão de testemunhar e ser luz para a humanidade. Na palavra de Cristo está o rumo definitivo a ser seguido e mostrado ao mundo. A Igreja não pode fazer como Israel e perder o rumo, deixando de se este Reino de Sacerdotes. Somos chamados à fidelidade a Cristo Jesus. Mantenhamos nosso foco no autor e consumador da fé.