Esta compreensão está afirmada ao longo do Antigo Testamento e o povo de Israel vivia nesta certeza: Javé, o Senhor, trazia paz e prosperidade para os que nele confiavam e viviam segundo os seus mandamentos e sua palavra. Era uma recompensa pela fidelidade e confiança no Senhor Deus. Isso moveu o povo e fez com que esperassem sempre do Senhor o cuidado e a proteção necessários para uma vida de paz e bem. Os profetas sempre anunciaram esta compreensão e os castigos que se abatiam sobre o povo eram consequências da infidelidade e a falta de confiança para com o Senhor. Viver bem, por muitos anos, com prosperidade material e fartura era um presente para a fé no Deus Javé.
Porém, Jesus reinterpreta esta compreensão e dá uma nova visão sobre prosperidade e paz advindas de Deus, o Senhor. Jesus nos ensina que Deus não quer o acúmulo e a fartura apenas para algumas pessoas. Quando Ele dá prosperidade para alguém é para repartir com quem não tem. Não é para construir celeiros maiores, para abrigar a colheita próspera mas é para lembrar dos que têm falta de alimento, abrigo e dignidade. O autor de Hebreus nos ajuda a entender isso quando expressa o desejo de que o povo cristão mantenha o entusiamo da fé em Jesus, servindo a Ele na alegria da salvação, e recebam, no final, a verdadeira recompensa: um novo céu e uma nova terra nos quais habita a justiça e Deus será tudo e todos. De nada vale, como diz Jesus, ganhar o mundo e perder a alma, isto é, perder a vida posta em Cristo Jesus. Pensemos nisso e vivamos segundo Cristo Jesus. Ele nos dá a direção, o caminho e o jeito de caminhar.