O povo de Israel se estabeleceu numa região de constantes conflitos bélicos. As guerras e dificuldades com outros povos era muito comum. Por isso, a repetição da promessa de que Javé, o Senhor Deus, estava cuidando do povo se fazia necessária. O salmista repete isso no seu cântico e ajuda sua comunidade a não esquecer da presença diária do Senhor. As invasões e os cativeiros faziam o povo esmorecer em sua confiança no Senhor. Porém, os profetas, os sacerdotes e os salmistas procuravam manter a fé e a confiança do povo em alta. Procuravam mostrar que os percalços eram passageiros e a paz voltaria para a nação. Assim, asseguravam que a fidelidade do Senhor não se acabaria. Isso manteve a esperança do povo e a confiança de renovação da vida, bem como a certeza de que onde estavam, em cativeiro, ou sob domínio inimigo, não seria a pátria final. Israel haveria de recuperar sua liberdade e seu país. Esta era a esperança em meio às dificuldades.
É o que Paulo diz aos filipenses em relação ao novo céu e à nova terra. Este mundo, com seus males, não é a pátria final. O Senhor Jesus haverá de criar um mundo novo onde o bem será pleno e o mal já não existirá. Ele renova a esperança dos filipenses afirmando que Cristo virá buscar sua igreja para que ela viva junto de Deus, na morada prepara pelo próprio Senhor. Aqui, neste mundo, nesta sociedade, com toda a sua corrupção e males, não é nossa pátria final. Haveremos de ser levados para um novo tempo. Isso vale o esforço de manter a integridade e o jeito cristão de viver agora. Teremos a recompensa do bem e da paz de Deus conosco agora e depois. Façamos assim e mantenhamos a confiança e a esperança diante dos percalços que se nos acometerem.