O profeta fala em nome do povo de Judá e clama a Deus por misericórdia diante de uma seca terrível que se abateu sobre a região. A razão é o pecado do povo e o fato de abandonarem os caminhos e os mandamentos de Javé. O próprio Deus diz para Jeremias não clamar pelo povo, mas ele insiste em lembrar que o Senhor é o seu Deus e do povo, e está no meio deles. Assim ele clama para que Javé não abandone seu povo. Parece que o profeta precisa lembrar o Senhor de seus deveres como Deus e de sua promessa de cuidar do seu povo. Deus deixou o povo passar por dificuldades muitas vezes, como forma de educar este povo para manter sua fidelidade a Ele e permanecer em seus mandamentos. A libertação sempre acontecia e a presença do Senhor ficava evidente mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma vez. O Senhor permanecia entre o seu povo e nunca abandonava em definitivo. Era momentâneo. Seu amor pelo povo e sua promessa o mantinham cuidando dele. Jeremias ora porque sabe que o Senhor é misericordioso e nele sempre encontra consolo.
Paulo lembra aos Gálatas que o amor de Deus, mostrado através de Cristo, faz todos os que nele creem tornaram-se filhas e filhos do Pai celeste. Assim como o profeta, o apóstolo aponta para o Senhor como o Deus da misericórdia e do amor, pois sua ação em favor do ser humano, através de Jesus, demonstra o mais profundo e sublime amor. Ele é o Senhor, está entre nós, seu povo, e não nos abandona. Podemos confiar e nos entregarmos, com nossas dores, com a sequidão de nosso coração e com nossos desvios, nas mãos dele e aguardar seu livramento. O Senhor é conosco!