SENHAS DIÁRIAS - 07.04.2021
Isaías 53.12 – Ele levou a culpa dos pecados de muitos e orou pedindo que eles fossem perdoados.
Lucas 6.28 – Jesus Cristo diz: Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês.
Eis um dos valores mais difíceis de vivenciar entre os que Deus têm para nós. Há um ditado que diz: Quem bate esquece, quem apanha lembra! É um ditado relacionado, especialmente, para as relações conjugais. Mas ele pode ser aplicado em todo e qualquer relacionamento humano. A pessoa agressora, ou quem causa dor no outro, tem maiores facilidades de deixar para lá do que quem sofreu a agressão e sentiu a dor. Isso é parte natural de nossa vivência humana. Quem sabe por isso que Deus bate nesta tecla ao longo das Escrituras Sagradas. O Servo Sofredor, de Isaías 53, que é uma referência a Jesus, o sofredor da cruz pelos pecados dos seres humanos, já vivencia este clamor pelo perdão ao semelhante. Ele assumiu os nossos pecados, nos dando perdão, e abriu o caminho para que déssemos perdão para quem nos ofende e machuca, como se assumíssemos esse pecado no lugar da pessoa. Recebemos de Deus, através do Servo Sofredor, e podemos dar ao nosso semelhante, nos diz Isaías.
Jesus, de forma especial, faz do perdão seu bordão principal. Assim como o Pai perdoou vocês, perdoem aos outros, nos diz Jesus. Ele vai mais além. Não só perdoem, mas também tenham uma atitude positiva em relação a quem causou dor. Não só perdoem, mas desejem o bem para quem os machucou. Não só perdoem, mas orem a Deus para que estas pessoas modifiquem seu jeito de viver. Os valores de Jesus são altos. Os padrões de vivência fraterna que Jesus ensinou são desafiadores e inclusivos. Talvez a grande razão seja que Jesus queira pessoas que não se submetam ao que a sociedade impõe como verdade e como valor para a convivência. Somos mais que instintos. Somos seres pensantes e relacionais. Não é simples nem fácil, mas é o que fará a sociedade ter esperança de mudanças e de novo tempo. Pai, perdoa-lhas, porque não sabem o que fazem. Vale para cada uma e cada um de nós. Tanto para dar como para receber perdão. P. Luiz Carlos