Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Rio Claro/SP

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Não explorem os outros...

Senhas diárias

17/10/2019

Quando Deus deu leis e mandamentos para o seu povo, através de Moisés, Ele queria criar um povo diferenciado dos demais e este povo seria seu povo especial, para anunciar, com palavras e atitudes, o jeito como o Senhor desejava que sua criação vivesse, especialmente os seres humanos entre si. Seu povo deveria evitar os maus costumes que haviam entre os povos vizinhos, especialmente nas relações humanas. As leis dadas não nascerão do ar, ou da cabeça de Deus. Nasceram, isso sim, da realidade vivida pelos povos e sociedades da época. Quando Deus diz para não enganar as pessoas ao fazer uma compra ou uma venda de terra, ou não se aproveitar da fragilidade da pessoas envolvida, Ele o faz porque esta era a realidade da época. Como também é a realidade hoje. Tudo o que as pessoas podiam ter como vantagem, especialmente para adquirir algum terra, elas faziam sem se importar com as perdas de seus semelhantes, sem se importar com a situação pessoal delas. O importante era gastar pouco e conseguir muito em troca. Essa é a lógica da sociedade desde tempos imemoriais e predomina também hoje, cada vez mais forte. Deus não queria isso de seu povo. Seu povo deveria agir diferente, especialmente entre si, mas também, sem sombra de dúvidas, em relação aos povos vizinhos. Não enganem nem se aproveitem, mas sejam diferentes.
Jesus nos dá outro parâmetro. Ele nos faz olhar a situação de outro ponto de vista, isto é, coloquem-se na situação de vendedor, que está com dificuldades pessoais, e sua terra é o último bem que pode ajudar a reverter a situação difícil. Se tiver que vender por preço inferior ao que vale, a situação ficará ainda mais difícil para ele e sua família. Melhor seria não vender, preservar os bens, e receber ajuda para sair da dificuldade. Mas a sociedade diz para que cada um tire o melhor proveito da situação e defenda o seu interesse, independente do que acontecer com os outros. E assim se vive também hoje, em todos os setores da sociedade. Os cristãos, que deveriam ser diferentes, se tornam iguais, ou até piores, nos seus negócios. E até mesmo seus líderes usam desta estratégia e levam vantagem sobre pessoas. Tendo o dinheiro na mão, se pode negociar com quem está com dificuldades. Jesus nos diz para fazer aos outros o que queremos que façam a nós. Vamos arriscar ser diferentes dentro de uma sociedade tão egoísta e sem sensibilidade para com os sofredores e fragilizados, mesmo que a culpa da fragilização seja dela mesma. é preciso ajudar a superar a situação e oferecer apoio para uma mudança de atitude e de mentalidade. Façamos assim e haveremos de prestar verdadeiro culto a Jesus, o Senhor. Se assim não for, o culto é apenas uma liturgia e uma prédica bem feitas, mas que nada falam aos participantes. Pensemos nisso.


Autor(a): P. Luiz Carlos
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio Claro (SP)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 53792

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Cada qual deve se tornar para o outro como que um Cristo, para que sejamos Cristos um para o outro e o próprio Cristo esteja em todos, isto é, para que sejamos verdadeiros cristãos.
Martim Lutero
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