O profeta, em meio às dificuldades por causa da destruição que Jerusalém havia sofrido, por parte da Babilônia, repassa para os habitantes da cidade a promessa de Deus em relação ao futuro. A situação de caos e abandono não ficará para sempre assim. Por um breve tempo isso será realidade, mas o Senhor transformará para melhor o que vem pela frente. Isaías procura renovar a esperança e a confiança em Javé, o Senhor. Deus havia permitido esta dor ocorrida, mas sua vontade sempre será a de fazer seu povo voltar a ter sua terra, seu país, sua livre vontade de ir e vir. Uma das razões de tanto sofrimento é a falta de justiça por parte dos reis, das autoridades, dos ricos, dos que tinham o poder nas mãos. Ele diz: Você será firmada sobre a justiça e por isso viverá segura, livre da violência e do medo. Para que tudo isso aconteça, é necessário que a justiça seja vivida pelos moradores de Jerusalém e de todo o Israel. Não há paz sem justiça e solidariedade.
Jesus é por excelência justiça, paz, solidariedade. Sua vida mostrou isso e sua ação foi sempre para que a paz existisse entre os seres humanos. É exatamente isso que Ele diz para seus discípulos: Deixo com vocês a paz! Não a paz que o mundo dá, mas a paz que só Jesus pode dar. O mundo não é solidário! O mundo não quer a justiça! O mundo não se preocupa com o próximo! Assim não pode haver a paz que Cristo veio trazer. Há apenas uma paz imposta por autoridades, pela força e pela imposição de quem detém o poder em benefício próprio. A paz de Jesus é paz que levanta o fraco, acolhe o necessitado, apoia o desanimado. Precisamos buscar a solidariedade e a justiça para que o mundo viva, de fato, em paz.