Certamente essas palavras do salmista agradam profundamente a Deus. É tudo o que Ele deseja ouvir das pessoas. É verdade que entre falar e agir existe uma distância muitas vezes intransponível. A boca fala do que está cheio o coração, mas também fala do que se gostaria de mostrar exteriormente e não há no coração. Eu tenho prazer em fazer a tua vontade, ó meu Deus!, são palavras que deveriam estar em nossa boca constantemente, mas também em nossa prática diária. Guardar a palavra de Deus, com todas as suas consequências práticas, é o que o ser humano (nós) precisa com mais intensidade e urgência em nossos tempos. O salmista sabe que seguir a vontade de Deus é o único caminho para o bem e para a paz. Por isso se esforça em manter-se nele e assim viver segundo os mandamentos do Senhor. Agrada muito a Deus ouvir essa confissão de alegria pela sua palavra, mas também agrada muito mais ver seu povo praticando essa palavra.
É o que o apóstolo João diz aos seus leitores e ouvintes: Mostrar amor a Deus só é possível com a pratica de seus mandamentos. Não é possível falar e não agir segundo a palavra dita. A figura das duas pernas é propícia aqui. Falar e agir de acordo são duas pernas sobre as quais nos locomovemos como cristãos. Faltando uma, não há como seguir na jornada cristã. E João ainda enfatiza que os mandamentos de Jesus não são difíceis de obedecer, pois todos são mandamentos que oportunizam amor ao próximo e possibilitam a vivência da paz e do bem. Vamos falar de Deus e de seu amor incomparável, mas vamos também viver segundo este amor. Façamos assim.