Neste texto do livro do profeta Isaías, temos uma indicação do sofrimento, e da razão deste sofrimento, do servo sofredor. Ele passa por sofrimentos que não são dele, mas de outras pessoas, entre as quais o próprio profeta se inclui. A razão do sofrimento são os pecados cometidos pelas pessoas e que foram cobrados dele, o sofredor. Ao fazer isso, ele assume o castigo que estava destinado aos pecadores, como uma oferta definitiva pelos pecados, e estes pecadores voltam ao rebanho do Senhor e todos têm seus pecados perdoados. Ele traz a paz entre o Senhor e os pecadores. As pessoas olhavam para ele com desprezo, porém eram seus pecados e dores que ele estava carregando. Este texto é tido como uma antecipação dos sofrimentos de Cristo e uma referência a Ele como o Servo Sofredor que tomou sobre si os pecados do mundo todo. O profeta antecipa, nas suas palavras, tudo o que Jesus passou na cruz e como tornou-se Senhor e Salvador. Também indica para a vitória e a glória destinadas a Jesus, o Justo, o Servo do Senhor, que virá para assumir o Reino de Deus em sua plenitude.
O apóstolo João também indica nesta direção, pois afirma que Deus nos amou e enviou seu Filho para trazer perdão de nossos pecados. Ele nos dá uma definição de amor: Deus veio ao nosso encontro, mesmo antes de podermos fazer qualquer coisa para merecer algo, e trouxe seu amor incondicional. Deus chega antes e não pergunta por méritos para amar o ser humano, para nos amar. Isso precisa nos trazer a alegria de nos sabermos objetos deste amor imensurável. É o Senhor que vem e não impõe condições para amar. Ao mesmo tempo, o amor que fez Jesus sofrer a morte na cruz, também é a razão da vitória sobre o pecado e sobre a morte. Ao descer ao mais baixo, Cristo subiu ao mais alto. Podemos confiar, o Senhor nos ama.