SENHAS DIÁRIAS - 25.11.2020
O profeta Amós denuncia a concepção humana que diz que quem conseguiu bens e riquezas deve desfrutá-los ao seu bel prazer. É o velho e diabólico ditado que está na cabeça e na vivência da maioria quase total dos seres humanos: Cada um por si e Deus por todos. Isso é diabólico. E é isso que faz o profeta denunciar a vivência social de Israel da época e que o faria falar a mesma coisa nos nossos tempos. Também aqui no Brasil. Os ricos e abastados se importavam apenas com seu bem estar e não tinham olhos para as carências do país e para as necessidades dos famintos e necessitados. Amós fala em nome de Deus e por Deus. Isso significa que a situação, que não é diferente hoje, é uma afronta ao próprio Deus. Uns desperdiçam com carros, imóveis, jóias, sapatos e bens pessoais e outros estão carentes do mínimo necessário. Esse desiquilíbrio não é vontade de Deus, mas fruto de nossos sentimentos de ganância, ostentação, falta de solidariedade, traição a Deus e seu amor pelos seres humanos. O profeta denuncia isso.
Paulo exorta a que Timóteo faça a mesma denúncia chamando a atenção dos ricos daqueles tempos. E isso serve para todos os tempos. E Paulo fala em nome de Jesus. Ele é um apóstolo do Senhor e seguimos suas palavras expressas nas cartas do Novo Testamento. Não é um qualquer que fala algo sem autoridade. Ele fala as palavras de Jesus. Quem tem valor hoje e é invejado é quem tem coleções desnecessárias e ostenta. A exortação de Paulo é que não mantenham os bens e riquezas apenas para si, mas repartam com quem está em necessidade e precisa de um mínimo necessário. Se importem com os carentes ao seu redor e sejam solidários com os outros. Estamos num tempo especial para refletirmos sobre isso: o tempo de Advento e comemoração do Natal. Precisamos perguntar: o que ainda sobrou do Natal de Jesus? A grande preocupação de hoje com o Natal quase nada ou nada tem a ver com Jesus e seus valores. Hoje sobraram os enfeites próprios da época, as luzes de pinheiros e casas, as ceias fartas, os presentes trocados entre os familiares. Porém, Jesus se preocuparia com os carentes, com os fragilizados, com os que estão com fome e passam necessidades. Paulo se preocuparia com eles também. Estamos num momento de refletir sobre estas palavras de Amós e de Paulo. O Natal de quem estamos nos preparando para comemorar?! Pensemos nisso. Deus nos ama incondicionalmente e nos remete para o Natal de Jesus.
