SENHAS DIÁRIAS - 16.11.2020
O amor ao próximo como a si mesmo já é um preceito que acompanhava o povo de Israel desde seus primórdios. O parâmetro para tratar ao próximo sou eu mesmo. Por isso já valia a palavra faça aos outros o que queres que façam a ti. Ou, não faça aos outros o que não queres que façam a ti. O preceito tem uma dimensão especialmente propositiva. Isto é, Moisés exorta a fazer o bem em toda e qualquer situação para que o próximo seja presenteado com coisas boas. Além do parâmetro pessoal para a iniciativa e a ação em favor do próximo, também o senhorio de Deus dá o limite para o amor. Assim como Deus não teve e não tem limites no seu amor pelo seu povo, e também pelo ser humano, a prática do amor ao próximo deve ser ilimitada. Deus quer fazer com que seu povo tenha no seu horizonte o bem comum e não apenas o seu bem ou de sua família ou o de seu povo. Uma sociedade e um mundo com o bem comum como base fará com que todos vivam bem. Ame os outros como você ama a você mesmo. Eu sou o Senhor.
A exortação do autor de Hebreus tem o mesmo sentido, mas acrescenta uma nova dimensão: a irmandade em Cristo Jesus. A comunidade é a base da família da fé, mas ela não fica em si mesma, antes se abre para que o amor de Deus seja percebido por todos que convivem com ela. Inclusive, diz o autor de Hebreus, os estranhos e estrangeiros, ou os necessitados devem ser acolhidos como sinal do amor ao próximo como a si mesmo. Em nossos dias é necessário ter precaução ao acolher alguém, mas devemos exercitar nossa fé de que Deus está presente no momento da caridade. É um desafio que Cristo nos chama a assumir. Além de fazer o bem ao acolher alguém, poderemos ainda ter uma bênção especial por causa deste gesto. Amar a Deus ao próximo com a si mesmo permanecem, de forma propositiva e prática, como os maiores mandamentos da fé cristã. E eles sempre nos empurram para fora de nossos redutos e querem nos trazer a alegria da solidariedade. Pensemos nisso.