Palavras mal ditas e bem ditas podem fazer viver e podem matar. A língua é terrível e tem um poder impressionante. Quando bem usada é lenitivo, é ânimo, é força para a vida. Quando mal usada é desgraça e destruição. Ah, os fofoqueiros! Ah, as fofoqueiras! Línguas que num momento falam da vida, falam de amor, falam de paz, falam até de Deus e transmitem palavras de edificação e motivação, mas, logo depois matam pessoas com afirmações estúpidas e insipientes. Como diz a palavra de Provérbios: as palavras do falador, fofoqueiro, ferem como espadas... e com isso destroem relações e vidas. Às vezes são palavras ditas como se fossem afirmações inocentes e de brincadeira, mas têm seu fundo de maldade e desejo de humilhação. Em qualquer grupo isso é um câncer destruidor que precisa ser extirpado o mais rápido possível e numa comunidade que teme a Deus mais ainda.
Tiago sabe disso e exorta a que se tenha especial cuidado em relação à língua e ao falar. O problema, na verdade, é que o fofoqueiro e a fofoqueira têm convicção de que agem certo ao falar mal das pessoas (o que se torna um vício) e procurar espalhar fatos verídicos, que deveriam ficar em segredo, e inverídicos que de maneira alguma deveriam ser comentados. Se imaginam os arautos da verdade e que devem espalhar aos quatro ventos o que ouvem e o que não ouvem. E falam de todas as pessoas: familiares, amigos, parentes e até de desconhecidos. Palavras espalhadas nunca mais podem ser recolhidas e continuam a ser multiplicadas. Precisamos ter sabedoria no uso de nossas palavras, até nos comentários considerados insignificantes, nos quais há mais maldades do que se imagina, pois, de fato, causam mal estar e sofrimentos quando são descobertos pelas pessoas envolvidas. Não ser fofoqueiro e fofoqueira é um requisito básico da fé cristã. Pensemos nisso e avaliemos nosso falar.