Durante a adolescência surge a vontade de ter liberdade, muita liberdade. Parece que surge uma certa dificuldade de lidar com a dependência de outras pessoas, especialmente da mãe e do pai. E, de repente, há o desejo de ser dono do próprio nariz. Parece que a rebeldia toma conta. Com o passar do tempo, a rebeldia diminui, mas o desejo de ser dono do seu próprio nariz não desaparece.
Podemos ver que muitas pessoas sonham em ser independentes financeiramente. E existem várias propostas em relação a esta tão almejada independência. Por um lado, isto pode ser positivo. Por outro, cria uma ilusão. Afinal, em parte até podemos ter autonomia e sermos independentes. No entanto, nossa vida carece de relacionamentos. Nunca seremos auto-suficientes. E tantas pessoas caem justamente na tentativa de serem totalmente donas do seu próprio nariz.
A palavra bíblica que é lema para esta semana aponta para uma direção interessante. Deus diz: “Você é meu servo, Israel, em quem mostrarei o meu esplendor”. (Is 49.3) Somos servos! Sim, servos de Deus. No entanto, o mundo em que vivemos nos vende a ideia de que existe liberdade plena e que nada poderá nos aprisionar. Iremos tropeçar, inúmeras vezes, sempre que tentarmos viver absolutamente livres e longe do nosso bom Deus.
A Palavra nos mostra que Deus faz bom uso de seus servos e servas. Um pouco mais adiante, ainda no capítulo 49 de Isaías, lemos “É coisa pequena demais para você ser meu servo para restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei. Também farei de você uma luz para os gentios, para que você leve a minha salvação até aos confins da terra”. Temos uma tarefa muito significativa. Deus nos incumbe de anunciar a salvação.
Sejamos bons servos e servas! Que possamos nos alegrar junto de nosso Senhor e Salvador. Amém.
Ricardo Cassen, Ijuí/RS.
Vice-Pastor Sinodal.