Antônio era uma pessoa muito conhecida na cidade. Era sempre muito carismático e cumprimentava com alegria as pessoas que cruzavam por ele na rua. Todos apreciavam o seu jeito de ser prestativo e alegre. Mas nem todos sabiam que Antônio estava enfrentando um problema familiar. Antônio procurava disfarçar a sua tristeza e as suas preocupações.
Quando cruzava com as pessoas na rua, ele se esforçava para colocar um sorriso no rosto e continuava a cumprimentar todos do mesmo jeito, com a mesma simpatia.
Quando entrava na oficina onde trabalhava, os colegas de serviço perguntavam: “E aí, Antônio, tudo bem? ” Simpático, ele se esforçava e respondia, com um sorriso forjado nos lábios: “Tudo bem sim”! Mas, na realidade, o coração de Antônio estava perturbado e sua mente cheia de preocupações.
Com certeza, estimado leitor, cada um de nós já fez ou faz o papel de Antônio. Na rua, no trabalho, na igreja, usamos a estratégia de sermos cordiais, mas por dentro estamos aos pedaços, amargurados. Mas por que preferimos ser cordiais e simpáticos, ao invés de sermos sinceros e transparentes? Simpatia e cordialidade são características bonitas da personalidade humana. Ajudam a manter um ambiente agradável nos espaços em que vivemos, é uma atitude louvável de pessoas generosas, preocupadas com o bem-estar comum. Mas a simpatia não deveria mascarar o nosso bem-estar emocional. Precisamos ser sinceros conosco mesmo e buscar a ajuda de amigos e até de profissionais da saúde. Precisamos de um espaço para falar de nossos sentimentos e abrir o nosso coração. Se você passa por alguma crise na vida, procure um ombro amigo; procure o pastor ou a pastora de sua comunidade. A Bíblia diz: “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”.