Junto com mês de maio chegou o frio. Tempo gostoso para quem tem cama quentinha, chuveiro bom, casaco que protege. Ficar perto do fogão a lenha ou de uma lareira não tem preço! Pinhão, pipoca , chimarrão! Assim o frio poderia ser para sempre. A vida toda poderia ser inverno.
Só que não é. A gente tem que sair desse meio quentinho. É preciso encarar a vida lá fora onde tem chuva, sol, vento, barro, poeira, caminho por vezes duro de trilhar.
Poder ter em mente que há um espaço gostoso e bom para onde voltar é fundamental para encarar as interpéries da vida. Sempre precisamos de um lugar seguro onde reclinar a cabeça, um colo onde repousar, braços para se aconchegar, enfim um refúgio onde se deliciar com aquilo que vida tem de mais doce e gostoso. Pode ser nosso lar.
É no lar que a gente pode experimentar a vida que se cria e recria em meio aos invernos e verões, outonos e invernos. O lar deveria ser um santuário de restauração da vida que se machuca na dureza da realidade, hospital que trata da dor da decepção e do desamor que a rua proporciona. O lar poderia ser o terapeuta da alma se entendêssemos o quanto vale esse espaço de vida, de comunhão, de crescimento pessoal e coletivo. Celebrar o dia das mães num lar assim é experiência que nutre, fortalece e dá sentido pleno a vida que se faz de seios que amamentam, de colo que embala, coração que se contorce de saudades, oração que perpassa o dia intercedendo pelos seus. Que Deus que nos amou primeiro nos ensine e ajude a recriar a cada novo dia um Édem lar. Que as famílias tenham um abençoado dia das mães, dia de abraçar, beijar, marcar presença e assim ensaiar juntos, o amanhã que pode ser sim de ternura que aquece como lareira. Gostoso e terno abraço.