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ID: 15

Perdão

01/09/2008

Definição: Remissão de uma falta, ofensa, ou divida. Remissão de pena. (Indulto). Meio de graça através do qual o pecador arrependido tem as suas faltas perdoadas mediante os méritos de Cristo. Abandono de ressentimento e de desejo de vingança

em relação a um ofensor. O perdão, sendo uma das bem-aventuranças do Evangelho (Rm 4.7), é-nos concedido através da justiça de Cristo (1 Jo 1.9).

Rm 4.7 “Bem aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos”.

1 Jo 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoas os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Nem sempre, porém, o perdão, livra o ofensor das conseqüências sociais e domésticas de sua ofensa. Podemos nos lembrar por exemplo do rei Davi. Embora prontamente perdoado, teve de arcar com as conseqüências de seu crime. A dívida do rei para com Deus foi de imediato quitada. Mas para com a sociedade, a questão era outra. Exigia reparação pública. Assim, existem casos que devem ser trazidos ao conhecimento de todos, principalmente aqueles que foram lesados.

I - O PERDÃO QUE DEUS DÁ AO QUE PECA CONTRA ELE PODE SER REPRESENTADO DE VÁRIAS FORMAS

1. O pecado é coberto; (Sl 32.1 “Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto”, e Sl 85.2 “Perdoaste a iniqüidade de teu povo, encobriste os seus pecados todos”. Pecado Coberto significa que o cristão é escondido ou revestido pela justiça de Cristo; isto é a expiação.

2. Não é atribuído; (Sl 32.2 “Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo”.

3. É apagado; (Is 43.25 “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro”.

4. Não há mais lembrança dele; (Is 43.25 (acima) e Hb 8.12 Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei”.

5. O perdão é um ato de livre graça; (Sl 51.1 Compadece-te de mim ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões);

6. Um ponto de justiça, em conformidade com os divinos desígnios, confessando nós que somos pecadores; (1 Jo 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça);

7. Um ato perfeito da misericórdia de Deus; (Sl 103. 2,3 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefício. (v.3) Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara as tuas enfermidades; e 1 Jo 1.7 Se, porem, andarmos na luz como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado).

8. O ato de perdoar é decisivo, e nunca será revogado; (Mq 7.9 Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra Ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito; Ele me tirará para a luz, e eu verei a Sua justiça).

II - SÓ DEUS É QUE PODE PERDOAR OS NOSSOS PECADOS.

1. O Perdão está com o Senhor: Sl 130. 4 “Contigo, porem, está o perdão, para que te temam”.

O perdão divino existe para os que se arrependem e o pedem. É a salvação que Jesus Cristo ganhou para nós.

2. Ao Senhor pertence o perdão: Dn. 9.9 “Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra Ele”.

O pecado, seguido pelo senso de iniqüidade, é da própria natureza humana, assim como a misericórdia e a graça são revelações da natureza divina. Deus é amor.
3. 1 Jo 4.8 “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”.

4. O perdão não pode ser comprado com quaisquer riquezas; (Pv 11.4 As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte”.

5. O perdão não pode ser alcançado pelas nossas obras, pois de graça somos salvos pela fé; Rm 11.6 “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça”, e Ef 2.8,9 “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”.

6. Para que o perdão seja completo, o ofensor deve confessar-se arrependido, dispondo-se a reparar a falta cometida. O resultado do “perdão” é o restabelecimento da amizade entre as partes. Deus perdoa os nossos pecados porque Jesus pagou por eles; (Cl 1.14 (BLH) ... “comprou a nossa liberdade com o Seu sangue e nos perdoou todos os nossos pecados”, e Cl 3.13 “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai-vos”.

7. “E Deus nos perdoa à medida que nós perdoamos os que nos ofendem”, e
Mt 6. 12 “... e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado
aos nossos devedores”.

Conclusão:

“perdão” humano deve ser estritamente semelhante ao “perdão” divino (Mt 6.12).

Mt 6.12 ... e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores...

Se certas condições são cumpridas, não há limitação à lei de Cristo sobre o “perdão” (Mt 18.21,22 “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? (v.22) Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.

As condições para o perdão são arrependimento e confissão: (Mt 18.15-17 e Lc 17.3).

Mt 18.15-17 “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüílo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. (v.16) Se, porem, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. (v.17) E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”.

Lc 17.3 “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender , perdoa-lhe”.

Gerson Maas . pastor
Paróquia Evangélica da Paz (Ijuí)


Autor(a): Gerson Maas
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8499

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A vida cristã não consiste em sermos piedosos, mas em nos tornarmos piedosos. Não em sermos saudáveis, mas em sermos curados. Não importa o ser, mas o tornar-se. A vida cristã não é descanso, mas um constante exercitar-se.
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