Mateus 26.57-60

Já era quase noite quando chegou da cidade de Arimatéia um homem rico chamado José. Ele também era seguidor de Jesus. José foi e pediu a Pilatos o corpo de Jesus. ... Então José pegou o corpo, enrolou num lençol novo de linho e o colocou no seu próprio túmulo, que há pouco tempo havia sido cavado na rocha....

Há uma semana atrás ouvi um palestrante numa chamada “semana da valorização da vida”. Ele mencionou um casal de idade que já tinha arrumado os seus caixões. Ele não gostou disso e pediu ao casal para vender os caixões para aproveitar a vida.

Desde então estou pensando: Ele teve razão ou não, ele estava certo ou não? Quando li uma mensagem de Wilhelm Busch sobre os versículos acima mencionados pensei imediatamente nesse palestrante.

José de Arimatéia vivia a sua morte. Ainda vivo deixou escavar o seu túmulo. Gastou dinheiro, pois era um túmulo numa rocha. Quantas vezes esse homem estava em pé diante dessa caverna e pensava: “O que será comigo, quando meu corpo deita aqui?”

Me parece superficial quando pessoas não pensam na própria morte ou vivem como se não fossem morrer. Pois quem vive com a morte ou leva em conta a morte ganha um novo olhar para a vida e também para as nulidades da vida. Assim aconteceu com o José. Vendo a morte ou pensando nela ele ganhou um novo olhar para o principal.

Ele gostou do seu túmulo, mas o ofereceu com prazer para abrigar o corpo de Jesus. Assim, seu túmulo se tornou mais tarde sinal de vida. Ele mesmo tinha a partir da páscoa a opção da esperança na vida nova após a morte.

Eu acho certo quando pessoas arrumam as coisas que precisam ser arrumadas. Isto ajuda para que não se percam nas tolices do mundo, mas a enxergar o principal. Ajuda na valorização das coisas (cartas, passeios para Piratuba, festas, etc.), assim como elas merecem. Ajuda a levar a sério que o melhor ainda vem, após a morte na ressurreição.

Amém.

Joachim Roth
Pastor da Paróquia Evangélica do Planalto Médio
Carazinho - RS