Nós ontem assistimos ao encerramento das olimpíadas. Foram 16 dias de muitas informações sobre esportes, atletas e com o país da China. Eu sempre fui um apreciador de esportes, mas o que vimos nestes dias durante os jogos e que está se tornando normal é a supremacia do poder econômico das grandes potências mundiais também no jogos. Em muitos casos vence aquele que tem o melhor equipamento, aquele que tem a melhor estrutura de treinamento, aquele que consegue ter uma dieta melhor e mais balanceada e assim por diante. Confesso que até não veria algo de errado nisto tudo se esta fosse ou pudesse ser a realidade de todos os competidores. A realidade é que apesar de apreciar o esporte estou perdendo a alegria em assistir muitos eventos ou práticas esportivas. Foi-se o tempo em que o diferencial humano, seu suor, sua força, sua dedicação, sua paixão fizessem toda a diferença.
Estas olimpíadas me chamaram atenção também pela falta de preparo (competência?) e brilho da maioria dos nossos atletas brasileiros. Creio que um pouco disto se reflete no pequeno número de medalhas conquistadas pelos nossos atletas. Tirando a apatia de alguns, vimos no geral a alegria na conquista de medalhas por parte de tantos outros atletas brasileiros ou não. A atenção maior esteve voltada ao Norte Americano Michael Phelps, o recordista mundial em medalhas de ouro em toda história dos jogos olímpicos. Só nesta olimpíada ele já conquistou oito e não conquistou mais por que era o máximo de provas que disputou. Sei que tem toda uma estrutura por trás, como já disse antes, mas conheço poucas pessoas que comemoram suas vitórias como ele. Mas, um brasileiro também merece o destaque em sua comemoração e alegria, o também nadador César Cielo. Quando ele venceu sua prova era como se tivesse vencido a prova mais importante de sua vida (talvez até seja). Havia paixão, alegria, lágrimas nos seus olhos e o seu corpo todo era pura vibração. Até hoje vi poucas pessoas vibrarem como ele. Esta poderia ser apenas mais uma medalha dentre tantas outras que com certeza ganhou, poderia ser apenas mais uma medalha em sua vida.
Amigos/as, quando vi Cielo vibrando daquele jeito, com aquela alegria e entusiasmo algumas perguntas surgiram e quero compartilhar com vocês. Será que conseguimos ou queremos vibrar assim pelas vitórias e conquistas que temos em nossa vida? Será que conseguimos vibrar assim como cristãos, com esta mesma paixão, no trabalho na Comunidade, nos grupos: Legião Evangélica, OASE, Terceira Idade, JE, culto Infantil, Presbitérios, etc.? Será que conseguimos transmitir esta mesma vibração pelas nossas vitórias e conquistas? Ou simplesmente não nos emocionamos mais e ficamos trocando passes no meio de campo esperando o tempo acabar?Quero concluir te animando a viver tua vida de fé, teu cristianismo de forma vibrante. Caso contrário, não irás contagiar ninguém. Celebre tuas vitórias e compartilhe-as com teus amigos e tuas amigas. Faça deste dia de hoje a prova mais importante da tua vida. Dê o teu máximo para que no final você possa comemorar também o teu ouro. E quando venceres, não seja tímido. Celebre, grite de alegria e mostre ao mundo como os filhos e filhas de Deus celebram suas vitórias. Não sei se Michael Phelps ou César Cielo são cristãos, mas o que sei é que o jeito com que vivenciam intensamente e o modo de celebrarem intensamente suas conquitas é uma inspiração para nossa vida, para o dia de hoje. Pense nisso e tenha uma boa semana.
Luciano Miranda Martins . pastor
Comunidade Evangélica de Carazinho