No final de semana tivemos um feriadão. É sempre muito bom poder ter um tempo maior de descanso em meio a tantas tarefas que temos que cumprir a cada dia. Entretanto, feriado não é apenas para ter um tempo maior para si, é antes de tudo oportunidade de lembrar fatos significativos na vida da humanidade, sejam fatos históricos, religiosos ou que falam da identidade humana (ser mãe, ser pai, ser criança, ser jovem, ser idoso, ser mulher...).
Neste feriadão lembramos, no dia 21 de abril, o dia da Inconfidência Mineira. Esta data lembra, de maneira especial, a luta por liberdade. Mas, o dia 21 também é o Dia da Juventude. Juventude? Não são os jovens que sempre, a cada dia, anseiam por esta tal liberdade? Na busca por liberdade muito tem se feito. Alguns vão pelo caminho do estudo, da criatividade, da responsabilidade e do cuidado com a outra pessoa e com a natureza... Mas, tanta gente acredita que a liberdade se alcança pelas guerras ou mesmo pelo quebrar todas as regras. Nessa busca algumas pessoas conseguem fazer a diferença, outras tantas se perdem pelo caminho...
Mas as datas significativas não param por aí. No dia 18 de abril comemoramos o Dia do Livro. Que exemplo melhor para falar de liberdade? A liberdade não se alcançaria pelo conhecimento e pela sabedoria? No dia 19 de abril comemoramos o Dia do Índio. Não seria o povo indígena, sua cultura e sua postura frente à vida e a natureza, um belo exemplo de liberdade? E, finalmente, no dia 22 de abril lembramos o Descobrimento do Brasil. O nosso Brasil tão querido e tão maltratado, onde brilha o “sol da liberdade, em raios fúlgidos”. O hino nacional ainda diz: - Paz no futuro e glória no passado. Que futuro? Ainda brilha o sol da liberdade em nosso querido Brasil, em nossa vida?
Olhando para a realidade que nos cerca, falar de liberdade é algo complicado. O que é na verdade liberdade? É fazer o que quero, quando quero sem se importar se está certo ou errado, ou se está prejudicando alguém ou destruindo alguma coisa? Ou seria liberdade a realidade onde todas as pessoas são respeitadas, cuidadas e amadas?
Nas Sagradas Escrituras, podemos encontrar textos que falam de alguma forma sobre liberdade. Lembro, por exemplo, das palavras que encontramos em Gálatas 5.1: “Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Por isso, continuem firmes nessa liberdade e não se tornem novamente escravos”.
Este texto nos alerta para o fato de não buscarmos a liberdade naquilo que não liberta, mas que na verdade escraviza. Por exemplo, muitos jovens (e também adultos) acreditam que são livres para beber o que quiserem e o quanto quiserem. O que num primeiro momento parece ser uma conquista de liberdade se torna mais tarde, ou não tão tarde, a escravidão à bebida alcoólica. Vejam: “O uso incorreto da liberdade acaba acorrentando-nos a sérios problemas que mudam radicalmente a nossa vida e o nosso futuro” (folheto evangelístico da IECLB).
Como você vê esta questão? De fato vives a liberdade no seu real significado, ou apenas se sentes livre por quebrar regras e padrões estabelecidos e na verdade és escravo daquilo que aparentemente te dá sensação de liberdade? Reflita sobre isso. O que fazemos hoje, certamente é o que viveremos amanhã. Pense nisso e que este e outros feriados sejam também tempos bons de reflexão...