A Bíblia está dividida em duas partes: Antigo e Novo Testamento. A palavra testamento significa aliança.
Para as pessoas cristãs, o Antigo Testamento é a primeira aliança de Deus com seu povo, e o Novo Testamento, a nova aliança realizada por Jesus Cristo com toda a humanidade.
O Antigo testamento é um livro em que estão escritos a lei e o mandamento de Deus, ao lado de histórias tanto daqueles que os observam como dos que não os observam. (Martim Lutero)
Antigo Testamento - (39 livros)
Pentateuco - Os primeiros cinco livros da Bíblia são chamados de Pentateuco. Eles contam a história do surgimento do povo de Deus, seus costumes e suas leis.
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio
Livros Históricos – Estes livros são chamados históricos, porque relatam a maneira como o povo foi organizando a sua vida e como se formou o Estado de Israel, com um rei e um território.
Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis,
1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Nehemias, Éster
Poemas e Sabedoria – O povo fala com Deus através de cantos, de poemas e de orações. Assim nascem os Salmos e os Cânticos de amor declamados e cantados em culto a Deus.
Este Bloco de livros contém também o ensino transmitido de geração a geração através de provérbios e da sabedoria popular.
Jô, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos
Livros proféticos – Alguma pessoas, chamadas de Profetas, falavam com entusiasmo, fazendo comparações e denunciando as injustiças que o povo estava vivendo naquela época.
Estas pessoas se sentiram chamadas por Deus para anunciar a paz e trazer esperança em meio ao sofrimento.
Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel,
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Primeira carta de Pedro: carta de ontem, carta de hoje
Fabiano Pisco
Como vimos anteriormente no último informativo, a primeira carta de Pedro foi redigida para comunidades cristãs primitivas da Ásia Menor por volta dos anos 70-80 d. C., com algumas observações referente a autoria e datação, se realmente tratava-se de um escrito Petrino, como vai salientar alguns pensadores cristãos dos dois primeiros éculos do cristianismo.
Pois bem, indo um pouco mais além em nosso comentário, o autor da carta escreve de Roma (*1) (cf 1Pd 5,13) a essas Comunidades consideradas da dispersão (cf 1Pd 1,1), o que vem explicitar que os destinatários sejam cristãos vindos do Judaísmo, pois tal termo é próprio do cenário pós-exílio babilônico experimentado pelos Israelitas no século VI a. C. (Reis 1 e 2). Neste sentido os cristãos são enviados pela carta, se familiarizando com ela, pois sua linguagem de conforto e esperança (1Pd 3,1ss) explicita sua eleição (1Pd1,2) e os fazem formar o Edifício espiritual, Povo de Deus (1Pd 2,9-10) na perspectiva cristã.
Hoje, não pode ser diferente, embora o cenário seja outro, seja este político, religiosos, geográfico, cultural e até lingüístico (*2), mas o Senhor é o mesmo, e assim as causas motivadoras devem ser as mesmas, na vivência da fé na dinâmica da eleição, da escolha (1Pd1,2) em meio às tribulações, que nos cercam, constituindo-nos na alegria do Senhor (1Pd1,6).
*1 – Babilônia designa no texto da carta a cidade de Roma. Isto porque a opressão do cativeiro-exílio da Babilônia (587-538 a.C.), por Nabucodonosor sobre o reino de Judá, foi marco de identificação de toda a capital Imperial opressora.
No contexto de Jesus e das primeiras comunidades a opressão é trazida pelo Império Romano.
*2 – A língua da Carta é o Grego Koiné-Comun, embora a carta sirva deste grego, o autor elabora o seu texto de forma muito rica.
Autor desconhecido (colaboração de Hans Kersten)