Coordenação Sinodal de Educação Cristã Contínua – Sínodo Planalto Rio-Grandense
Pastor Ricardo Cassen – Ijuí/RS, Setembro de 2013
Antes da reflexão mais recente que desembocou no PECC, o Sínodo Planalto Rio-Grandense já contava com um grupo de pessoas que se ocupava com a formação no âmbito sinodal. No ano 2000, entrou em vigor um Plano de Ação, aprovado em assembleia sinodal. Até 2010, o foco estava relacionado com diversas pastorais lá contidas. Portanto, a tarefa do Conselho de Formação consistia em acompanhar o que estava sendo realizado em cada uma das áreas de atuação mencionadas no referido plano.
Ao longo dos anos, este conselho acolheu e despediu-se de alguns/algumas integrantes. Pode-se dizer que se contou com muitas pessoas, entre ministros e lideranças de setores que acompanharam de perto a formação no Sínodo. Sempre se procurou agrupar pessoas que pudessem ser representativas em termos de setores de trabalho. Por isso, várias vezes teve-se a presença de pessoas envolvidas com o Culto Infantil, a Juventude Evangélica, a OASE e a LELUT no Sínodo. No entanto, percebeu-se que não era fácil conciliar agendas (trabalho e aula) com estas reuniões do Sínodo. Além disso, enfrentou-se uma incompatibilidade entre o ritmo de atividades de ministros/as, com sobrecarga nos finais de semana, e pessoas leigas, que tem maior dificuldade de tempo durante a semana.
Há reuniões previamente agendadas a cada dois meses. Via de regra, reserva-se um dia (manhã e tarde) para cada reunião. Em outras épocas, havia reuniões com mais frequência, mas constatou-se que não havia tal necessidade. O Conselho é formado por pessoas que residem em cinco cidades dentro da área do Sínodo.
A seguir, partilha-se um pouco das ações com as quais o Conselho se ocupa regularmente.
Uma das propostas concretizada no Sínodo Planalto Rio-Grandense foi a Escola Sinodal de Formação (ESF). Inicialmente, e por um período de cinco anos, a escola estava estruturada em três módulos, cada qual com 10 etapas, realizadas em um domingo ao mês, em Panambi. A partir de 2012, iniciou-se uma nova sistemática, na qual cada etapa original da ESF foi retrabalhada e subdividida em determinado número de fascículos. Esse novo material passou a ser usado nas comunidades por meio dos grupos constituídos: JE, OASE, Estudos Bíblicos ou Encontros de Famílias, em cursos específicos nas paróquias ou através da distribuição para leitura individual.
Em conjunto com dois sínodos vizinhos: Noroeste Rio-Grandense e Uruguai, estabeleceu-se uma proposta de formação continuada. Percebeu-se que atualizações teológicas precisariam estar inseridas num projeto mais amplo. Nesse sentido, definiram-se seis etapas de Seminários de Estudos. O programa será desenvolvido em 4 anos (2012 a 2015), com encontros de 3 dias. A ênfase estabelecida foi “Tomar conhecimento e apropriar-se das novas descobertas bíblicas, teológica e publicações que envolvem os temas propostos”. Entre as temáticas, considerou-se: O processo de constituição do monoteísmo no AT; A História da Igreja no contexto dos reformadores; Cristianismos originários; Relações humanas e poimênica; Teologia Luterana no contexto da América Latina; Ética e Bioética.
Buscou-se oferecer duas oportunidades distintas e específicas para a formação das pessoas que exercem cargos de liderança. A primeira modalidade é um Seminário de Presbíteros/as, em que se procurou abordar temáticas mais abrangentes. A segunda modalidade são as Visitações Integradas, nas quais o Sínodo procurou ouvir e acompanhar mais de perto situações e desafios que surgiram nas comunidades e paróquias. Entendeu-se que mesmo as pessoas que dispõem de capacitação nas suas paróquias devem participar nesses eventos sinodais para que haja uma melhor caminhada em termos de Sínodo. O Guia do Presbitério foi uma excelente ferramenta para essas iniciativas. Além disso, as assembleias sinodais sempre trabalharam alguma temática com assessoria externa.
Em 2013, atendendo à carência já constatada em outros momentos, realizou-se um encontro voltado para as/os secretárias/os executivas/os de comunidades e paróquias. A palestrante foi a psicóloga Leila Klin, que abordou o tema “Poder Servir/Caminhar Juntos”. Procurou-se identificar os principais problemas, as necessidades de desenvolvimento e potencialidades. A secretária do sínodo partilhou solicitações para o preenchimento das planilhas de dízimo e ofertas.
Dentro do possível, procurou-se acompanhar e dialogar com as coordenações dos setores de trabalho do Sínodo. Merecem destaque as atividades da JE e OASE, que viabilizaram vários momentos de formação para jovens e mulheres. Em 2013, houve um belo trabalho de capacitação dirigido para as pessoas que atuam com crianças.
Considerando que tanto a formação como a comunicação são eixos transversais do PAMI, houve empenho para que os canais de comunicação do Sínodo estivessem em sintonia com a formação. Nesse sentido, a coordenação de ECC abraçou a comunicação e tem se ocupado com o jornal sinodal O Planalto.