Educação Cristã Contínua



ID: 2661

Bíblia e educação cristã: a prática do amor

01/03/2014

A Bíblia, o Batismo e a confessionalidade evangélica luterana contêm os princípios básicos que fundamentam e orientam o planejamento e a execução de ações de educação cristã propostas pelo Plano de Educação Cristã Contínua da IECLB (PECC). A prática do amor é um destes princípios orientadores:

“O amor é elemento básico da existência humana e da relação com Deus. Todos os mandamentos convergem para ele: ‘Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento... Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.37, 39). O amor a Deus como entrega total implica confiança plena em Deus e agir ético a partir da observância dos mandamentos. O amor ao próximo nos faz reconhecer que somos semelhantes, mutuamente dependentes e responsáveis uns para com os outros. Educar para a prática do amor é despertar sentimentos de desprendimento, liberdade, compaixão, solidariedade. O amor a si mesmo, nesse sentido, leva à valorização pessoal e à autoestima, sem cair no egoísmo, pois está vinculado ao amor ao próximo e a Deus”. (PECC, p. 15).

 O apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas aponta para a fé que atua pelo amor.“Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Gálatas 5.14)

Para Lutero, segundo George W. Forell: “a força motivadora de toda ética cristã é o amor de Deus. O homem recebe o amor de Deus na fé e o passa adiante ao próximo. A fé é ativa no amor em relação com o próximo. A fé nos leva a Cristo e O torna nosso com tudo aquilo que Ele possui; o amor nos dá ao nosso próximo com tudo aquilo que temos.” (Fé ativa no amor, p. 187). A pessoa cristã deve agir na sociedade porque sabe que é na comunidade viva que Deus quer ser servido.

E como ensinar o amor? Como ensinar a amar a Deus, a si mesmo e ao próximo? Na educação cristã para todas as fases da vida precisamos achar formas de praticar ações que demonstrem o amor ao próximo. Exemplificar, experimentar ou exercitar facilita a compreensão. Quando o aprendizado é somente teórico, toda a tarefa recai sobre a memória, a inteligência e a imaginação e representa um esforço desmotivador, ao passo que, se o trabalho for realizado de forma ativa, no esforço estarão presentes todas as faculdades e os sentidos, tornando o aprendizado mais cômodo, divertido e significativo, ao comprovar que fisicamente contribui com algo de si para com as outras pessoas.

Cat. Mariane Noely Bail da Cruz
Assessora do Departamento Sinodal de Educação Cristã, Rio Negrinho/SC - Sínodo Norte Catarinense
 


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