“...este meu filho estava morto e viveu de novo, estava perdido e foi achado, e começaram a festa” ( Lucas 15.24 )
Vários filhos têm o mesmo pai, e o mesmo pai tem vários filhos. Assim o Evangelho de Lucas 15.11-31 narra em forma de parábola a relação de um pai com seus dois filhos. O mais moço que pede antecipação da herança vai embora e desperdiça tudo. O mais velho fica com o pai. Porém, quando na miséria absoluta o mais moço resolve voltar para a casa do Pai. Diante do gesto de acolhida e aceitação do Pai, o filho mais velho não tolera a compreensão para com o irmão irresponsável que desperdiçara toda a herança.
Da conduta desse pai podemos tirar dois exemplos de amor: Ao filho mais moço, perdoa ao que para nos seja o maior dos erros: o de “jogar fora” toda a sua herança . O que os pais eventualmente trabalharam a vida toda. Ao mais velho, o pai não age de forma autoritária. Ele o busca e com calma lhe explica a importância do momento, colocando as questões no devido lugar. A vida do filho vale mais que os bens e pertences materiais.
Esta atitude não significa , que o pai foi frouxo. È importante que os filhos percebam a autoridade dos Pais . Pois filhos precisam da referênçia de autoridade , para conduzirem sua vidas diante de certos limites . Por isso , pais seguros de si, em sua função não precisam temer o questionamento dos filhos, algo que faz parte dos relacionamentos. Erradamente, existem pais que interpretam o questionamento como quebra de autoridade e rebeldia.
A autoridade e o respeito são conferidos aos pais, pelos seus filhos, quando neles encontram segurança firmeza e amor. Portanto aos pais cabe o exemplo de referência. Aos filhos honra aos pais, conforme o quarto mandamento, como nos diz a explicação no catecismo menor que devemos temer e amar a Deus e por isso nem irritar nossos pais e pessoas que tem autoridade sobre nós, mas devemos honrar-los servir e obedecê-los, amar e querê-los bem. Isso independente de nossa idade como filhos ou pais.
No entanto não podemos omitir que na atualidade temos uma enorme crise de referência, e do bom sentido da autoridade, bem como de desobediênçia e rebeldia nos relacionamentos, tanto familiares, comunitários e sociais.
Que a parabola do filho perdido e do pai amoroso nos motivem, a buscar um senso de equilíbrio fundamentado no amor fraterno e mutuo.
Pastor: Elson Lauri Rysdyd
Porto Lucena-RS