Pessoas com Deficiência



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Culto da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência

Subsídios para a Prédica

01/08/2013

Subsídios para a Prédica
Dia 25 de agosto de 2013
Culto da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência


Vida em comunidade favorece a inclusão

Acolho vocês com as palavras de 1 João 4.16 “Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós”. Assim, sejamos nós, pessoas motivadas por este amor que vem das mãos de nosso Criador, para que também nossas mãos possam ser instrumentos de acolhimento e inclusão.

Estamos na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência e queremos refletir em conjunto, a partir do Tema e Lema da IECLB para este ano: Eu vivo comunidade Inclusiva. Cada Comunidade, cada Paróquia e cada Sínodo vêm estudando e meditando sobre este tema desde o Advento. O texto-base do tema do ano nos motiva a pensar sobre a inclusão: “comunidade é convivência das diferenças que caracterizam a rica Criação de Deus. Não por acaso, comunidade viabiliza a inclusão e promove o respeito ao diferente”.

É tempo de olharmos para nossas comunidades, para nossa vida e ver o que ainda é possível fazer ou o que ainda não foi possível concretizar para que a diversidade se torne algo tão natural que não seja mais necessário falar em diferenças. De que maneira somos comunidade que acolhe e inclui quem é diferente?

O texto de Lucas 13.10-17, lido anteriormente, relata a cura de uma mulher encurvada no sábado. Uma mulher, que há dezoito anos vivia encurvada devido a um desvio na coluna (conhecido, hoje, como sifoescoliose) que causa muita dor e faz com que a pessoa caminhe olhando sempre para o chão. Esta mulher era excluída da sociedade e sofria muitos preconceitos.

Será que podemos imaginar tamanha dor e sofrimento? Quem sabe, podemos fazer esta experiência somente por alguns minutos, para tentar se colocar no lugar desta mulher?

(Sugestão de dinâmica: convidar as pessoas para caminharem no corredor da igreja com as costas encurvadas, olhando para o chão, retratando a postura da mulher encurvada).

Qual foi a sensação?

(Deixar que algumas pessoas se manifestem...)

Mesmo recebendo críticas por realizar a cura em um sábado, com sua atitude de amor e acolhimento para com a mulher, Jesus não deixa de transformar a vida dela. Ao ver e acolher a mulher e ao chamá-la de filha de Abraão, Jesus lhe concede os mesmos direitos que os homens da época tinham, ou seja, de ter família, bênção e propriedade.

Assim, Jesus propõe algo ainda maior para a sociedade da época: motiva a olhar com mais sensibilidade para os sofrimentos das pessoas à sua volta. Ele diz que a Lei deve estar a serviço das pessoas, para que todas sejam ajudadas, amparadas e acolhidas – incluídas! Jesus faz a cura num sábado, mostrando que ela deve acontecer sempre onde existe sofrimento, independente de tempo e lugar.

O texto nos desafia a também olharmos ao nosso redor, para nossas famílias e comunidades, para vermos onde existem pessoas que sofrem como esta mulher do texto. Pessoas que estão encurvadas pelas injustiças, pelos preconceitos, pelas opressões e violências.

Comunidade que segue o exemplo de Cristo precisa exercer a inclusão de todas as pessoas, especialmente das pessoas com deficiência. Para SER, TESTEMUNHAR e PARTICIPAR em comunidade é imprescindível exercer a diaconia em todas as suas dimensões. Pois a essência do servir é o amor e a fé em Deus que nos ensinam a amar e conviver em comunhão uns com os outros, umas com as outras.

Será que nossa postura muitas vezes não colabora para que as pessoas se sintam diferentes, oprimidas e excluídas da comunidade?

O que cada um e cada uma de nós pode fazer para que a comunidade seja de fato um espaço de acolhimento?

O que cada um e uma de nós pode fazer é romper a barreira atitudinal, ou seja, romper os preconceitos, os estigmas e estereótipos, que resultam em discriminação e que nos impedem de chegar mais perto de nossos irmãos e de nossas irmãs com deficiência que tanto têm a nos ensinar. Tirar da nossa face o olhar preconceituoso que causa, sim, muita dor e sofrimento. Não queremos que ninguém se sinta inferior e nem “encurvado”. Por isso, a mudança começa por cada um e cada uma de nós que é parte desta comunidade chamada a ter atitude de acolher, incluir, respeitar e colaborar para a edificação da comunidade.

Necessidades humanas nos desafiam cada vez mais a sermos comunidades acolhedoras, cuidadoras e atuantes, em palavras e ações. Por isso, nosso testemunho de fé concretiza-se no cuidado com o próximo e com a próxima, nas atitudes diárias, nos pequenos gestos de solidariedade e inclusão. A comunhão com Deus e com a pessoa próxima ajuda-nos a dar este testemunho de fé. A vida em comunidade e sua dinamicidade nos capacitam e nos movem a buscar práticas e atitudes mais dignas e correspondentes à vontade de Deus.

No Batismo, fomos declarados filhos e filhas de Deus. Bem por isso, somos pessoas chamadas a viver de forma concreta nosso compromisso em comunidade e na sociedade, exercendo a diaconia. Essa fé nos compromete com a tarefa da preservação da vida em todas as suas dimensões. Viver em comunidade é ser espaço aberto para todas as pessoas, buscando e partilhando os dons e colocando-os a serviço de Deus e das pessoas.

E, a partir da fé em Cristo, vivamos na esperança de que podemos ser comunidades cada vez mais acolhedoras e inclusivas, deixando que Deus cure nossas dores e preconceitos, na certeza que a sua forte mão nos protege e abençoa. Amém.

Diácona Cátia Patrícia Berner
Ministra da IECLB na Paróquia de Três Passos – RS

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Autor(a): Cátia patrícia Berner
Âmbito: IECLB
Área: Missão / Nível: Missão - Diaconia / Subnível: Missão - Diaconia - Pessoa com Deficiência
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 13 / Versículo Inicial: 10 / Versículo Final: 17
Título da publicação: Ser,Participar, Testemunhar. Eu vivo Comunidade Inclusiva
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 23686

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