O município de Maripá (PR) que encanta seus moradores e turistas com a beleza e a exuberância de suas orquídeas; com o arrojo dos seus tratores trucados, sediou, entre os dias 18 e 22 de julho de 2010 o XX Congresso Nacional da Juventude Evangélica da IECLB – CONGRENAJE e também o VI Fest Art.
O evento que contou com a presença de cerca de 800 jovens de todo o país teve como tema a frase “juventudes, pelo que bate o nosso coração?” e como lema o versículo bíblico “Porque as pessoas vêem as aparências, mas Eu vejo o coração” (1 Samuel 14.7).
Com toda certeza esse CONGRENAJE vai ficar registrado em nossa memória para sempre, não só pelas grandes amizades cultivadas ao longo de sua realização, mas principalmente pelo fato da juventude ter voltado seus olhares para a inclusão das pessoas com deficiência em seu meio social.
Quando se fala em inclusão, não significa dizer apenas que os organizadores do CONGRENAJE se preocuparam apenas com a acessibilidade arquitetônica dos locais. Muito pelo contrário, eles focaram suas atenções para o que se pode chamar de acessibilidade intelectual. A organização colocou intérpretes da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS para que as pessoas com deficiência auditiva pudessem se comunicar com os jovens e entender o que estava acontecendo a sua volta. Eram pessoas comuns que se dispuseram a descrever tudo o que estava acontecendo para as pessoas com deficiência visual. Equipes de apoio (“verdinhos” - como carinhosamente eram chamados) sempre estavam prontos a ajudar no que fosse necessário.
Ainda com relação a chamada “inclusão intelectual”: As pessoas com deficiência visual ainda tiveram a oportunidade de receber a 1ª edição da Revista do CONGRENAJE em formato acessível, ou seja, em CD, que pode ser colocado no computador e ouvido através dos programas de voz JAWS e DOS VOX e também em Braille.
Por tudo isso, representando todas as pessoas com deficiência, posso dizer que temos muitos motivos para comemorar, pois vencemos a primeira batalha, não com armas de fogo que ferem e muitas vezes matam as pessoas, mas sim com atitudes que neutralizam qualquer tipo de preconceito, tendo sempre em mente que ainda falta vencer a grande guerra por uma sociedade melhor e com mais oportunidades para as pessoas com deficiência.
Vivian Conrat da Silva
Pessoa com Deficiência Visual
Acadêmica do 3º ano do curso de Direito
Repres. do Sínodo Norte Catarinense
Vivian Conrat da Silva compartilhando no Congrenaje em Maripá
Vivian Conrat da Silva visitando um orquidiário em Maripá.
Vivian representando o SNC no Congrenaje
Vivian compartilhando as suas experiencias.
