Paróquia Martin Luther

Sínodo Norte Catarinense



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ID: 210

Mateus 7.1-5 - Julgar

Prédica

29/06/2008


Leitura Bíblica Básica: Mateus 7.1-5
Outras Leituras:
Autor: P. Elton Pothin
e-mail:
Origem: CEJ - Paróquia Martin Luther
Cidade: Joinville - SC
Data da pregação: 29/06/2008
Data Litúrgica: 6º Domingo após Trindade

Prédica:
Prezada Comunidade cristã aqui reunida.

Este texto nos leva a refletir sobre um dos nossos principais problemas no relacionamento humano: o julgamento negativo e precipitado do outro.

Eu gostaria de refletir com vocês sobre esta questão usando um texto de Johnson Gnanabaranam, em seu livro Senhor, Renova-me, p. 35, onde ele escreve:

Quando outros me ofendem, levo tempo para esquecer. Mas facilmente esqueço quantas vezes eu ofendo a outros.

Quando outros me tratam de forma rude, estranho o comportamento deles. Mas não me admiro do desamor com que trato os outros.

Quando outras pessoas me fazem um favor, penso que estão apenas cumprindo o seu dever. Mas quando eu faço qualquer favorzinho a outros, penso que fiz algo todo especial.

Como seria belo o mundo se os outros se comportassem melhor, é assim que muitas vezes penso. Mas nem me entra na cabeça que eu, com meu egoísmo, freqüentemente não me comporto bem e que eu mesmo não levo alegria à vida dos que sofrem.

Não amo os ricos que vivem uma vida luxuosa. Mas ainda assim gostaria de ficar mais rico e ter um pouco mais luxo do que meu vizinho.

E o texto termina com um oração que diz:

AMADO SENHOR, AJUDA-ME A CHEGAR A UMA CRÍTICA SADIA DE MIM MESMO, ANTES DE EU CRITICAR OS OUTROS.

E quem não conhece a estória do cachorro e do coelho? Gostaria de contá-la para ilustrar nosso texto:

JULGAMENTO
Eram dois vizinhos. . .
Um deles comprou um coelho para os filhos.
Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. O homem comprou um filhote de pastor alemão.
Conversa entre os dois vizinhos:
- Ele vai comer o meu coelho!
- De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos pegar amizade...
E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa.
As crianças, felizes com os dois animais. Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho.
No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra, morto.
Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo, o cão levou uma surra!
Dizia o homem:
- O vizinho estava certo, e agora? Só podia dar nisso! Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?!
Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível:
- Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha.
E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças.
Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.
- Descobriram!
Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho, o coelho...
- O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi. Antes de viajarmos as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!
A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Mas o grande personagem desta história é o cachorro.
Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado.
O que faz ele?
Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando fazer ressuscitá-lo.
E o ser humano continua julgando os outros...


Outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que de fato aconteceu.

Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?

História como esta é para nos ensinar a pensar bem nas atitudes que tomamos, porque as vezes fazemos o mesmo...

Amém.


 


Autor(a): Elton Pothin
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Joinville - Martin Luther
Natureza do Domingo: Pentecostes
Perfil do Domingo: 7º Domingo após Pentecostes
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 7 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 5
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 8835

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