História do povo evangélico luterano


ID: 2927

Refletindo a Reforma!

30/10/2017

Dia 31 de outubro é comemorado por todo o mundo como Dia da Reforma. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, quando havia intenso movimento de fiéis à igreja, o monge agostiniano Martinho Lutero afixou suas 95 teses (reflexões), na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja, por isso o nome “Reforma”. Não foi um ato de provocação. A Igreja do Castelo estava na rua principal de Wittenberg. A porta da igreja funcionava como quadro de avisos públicos e, portanto, era o lugar lógico para colocar as notícias importantes. Além disso, as teses foram escritas em latim, a língua da Missa, e não em alemão, língua do povo. No entanto, a exposição gerou uma dura controvérsia entre Lutero e os aliados do Papa sobre uma variedade de doutrinas e práticas. As teses e os muitos argumentos teológicos foram retiradas da porta. Elas foram impressas e distribuídas nos meses seguintes. Acabaram se espalhando por toda a Europa. A iniciativa de Lutero dividiu opiniões, gerou protestos e mortes, mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade da Igreja. Contudo, para outros, ele é um grande herói, que restaurou a pregação do Evangelho puro de Jesus e a redescoberta da Bíblia. O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do Papa e do Imperador, possibilitando que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. Lutero enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras, por isso era contra o pagamento de indulgências aos líderes religiosos. A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da Igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas mais poderosas. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir a Basílica de São Pedro, mas simplesmente por amor. Devia fazê-lo gratuitamente. Conta-se que muita coisa mudou gradualmente dentro daquele monge, até então submisso ao papa. Mas, a faísca inicial foi em 1515, quando Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou já no início com a palavra: “O justo viverá pela fé”, que mudou sua vida.

A cor litúrgica do dia é o vermelho, que representa o Espírito Santo e os mártires da Igreja Cristã. O Hino de Lutero “Ein feste Burg ist unser Gott” (em português, Castelo Forte é Nosso Deus) é tradicionalmente cantado neste dia.
 


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: História / Nível: 500 Anos Jubileu
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Dia da Reforma
Testamento: Novo / Livro: Romanos / Capitulo: 1 / Versículo Inicial: 16 / Versículo Final: 17
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 44500

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Martim Lutero
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