Prédica: 2 Corintios 13.11-13
Leituras: Gênesis 1.1-2.4a e Mateus 28.16-20
Autoria: Osmar Luiz Witt
Data Litúrgica: 1º. Domingo após Pentecostes (Trindade)
Data da Pregação: 07/06/2020
Proclamar Libertação - Volume: XLIV
Comunidade no poder do trino Deus
1. Introdução
Os textos bíblicos deste domingo convidam à reflexão sobre a fé no trino Deus e as manifestações dessa fé na vida em comunidade. Trata-se de textos breves, mas que sinalizam o modo como a fé cristã dá expressão e sentido à sua compreensão de Deus. A leitura cristã do relato da criação segundo o livro de Gênesis distingue ali o trino Deus em seu agir criador. O evangelista Mateus apresenta o mandato que Jesus conferiu aos seus seguidores e seguidoras, instruindo-os a batizar em nome do trino Deus. A formulação trinitária tinha seu lugar na prática litúrgica das primeiras comunidades cristãs. O texto indicado para a pregação, por sua vez, recolhe essa formulação litúrgica em forma de bênção proferida para a comunidade de Corinto numa palavra de despedida do apóstolo Paulo. “A despedida é excepcionalmente breve, sem menções nominais. Contém uma das fórmulas trinitárias mais claras do NT, e que entrou como saudação na liturgia eucarística” (Bíblia do Peregrino, nota de rodapé).
2. Exegese
O contexto de Paulo em Corinto
Um auxílio já publicado nesta série de auxílios homiléticos caracterizou assim a cidade onde Paulo fundara uma comunidade cristã: “Corinto, uma florescente cidade portuária, tem no comércio sua principal atividade. Esse comércio tornou-se próspero, em grande parte graças ao grande número de escravos, que são a principal força de trabalho de Corinto. E, através de seu trabalho, eles se constituem no sustentáculo da economia coríntia. Como centro de cultura grega, ocorrem em Corinto confrontos de diferentes correntes de pensamentos e religiões. [...] Nesse palco, entre fins de 49 e meados de 51, em sua segunda viagem missionária, vindo de Atenas, Paulo logrou fundar uma pequena comunidade. Permanecendo ali por 18 meses (At 18.1-18), sua mensagem teve aceitação principalmente nas camadas mais pobres da população (1Co 1.26-29) e entre escravos (7.21 e 12.13). Mas também algumas pessoas de posses ajudaram a constituir a comunidade (11.21ss). E essa constituição tão diversificada da comunidade de Corinto deve ter contribuído grandemente nos conflitos e tensões que apareceram mais tarde” (GREUEL, 1983, p. 240-241).
Pode-se afirmar, pois, que a comunidade de Corinto experimentou muitos conflitos e tensões, e que as cartas de Paulo refletem essa situação e buscam orientar, instruir, repreender e conclamar a que se busquem a unidade e a concórdia. Além de escrever as cartas, o apóstolo visitava a comunidade para apoiá-la, também para corrigi-la, e para defender seu ministério do ataque de adversários. Assim, “Paulo programa nova visita (2Co 1.15-16; 1.23 – 2.1). A primeira carta pressupõe uma estada de Paulo em Corinto. 2 Coríntios 12.14 e 13.1 anunciam uma terceira visita, o que significa que nesse meio tempo ele esteve lá uma segunda vez. E parece que nessa segunda visita Paulo teve problemas (2Co 2.5; 7.12). Ao que parece, ele teve que abandonar a comunidade. E esse incidente faz Paulo substituir a visita programada em 2 Coríntios 1.15-16 por uma carta, escrita em meio a sofrimento e angústia, com muitas lágrimas (2Co 2.4-10; 7.12). Essa carta parece ter produzido bom efeito, pois Tito traz notícias de que ela foi bem digerida (2Co 7.8-13)” (GREUEL, 1983, p. 241-242).
Portanto “Paulo escreve antes de visitar a comunidade pela terceira vez (13.1). É um momento de crise extrema. Essa crise irrompeu pela influência de líderes infiltrados na comunidade – que o apóstolo acusa de estarem ‘mercadejando a palavra de Deus (2.17)’” (MARTINI, 1995, p. 159). Esses líderes representam a corrente judaico-cristã (2Co 11.22) e parecem opor-se à liberdade com que Paulo proclama o evangelho para pessoas que não são de origem judaica. Dizem-se legítimos apóstolos (11.5,13; 12.11). Segundo eles, “Paulo não é apóstolo, pois não tem atestado legal (13.3,7), não exigiu seus direitos, a saber, que a comunidade o sustentasse (11.8s). Para eles, Paulo, como homem de pequena estatura, não sabe se impor, nem inspira confiança. Suas palavras parecem deploráveis (11.6). Quando ausente, aí sim, suas cartas são rigorosas (10.1ss). A comunidade está impressionada com esses homens. As tendências entusiastas dentro da comunidade são as que se inclinaram em favor desses pseudoapóstolos (2Co 12.1-10). “Paulo debate-se dessa forma em sua carta com esses novos grupos surgidos dentro da comunidade” (GREUEL, 1983, p. 242).
Ele pretende fazer com que os membros da comunidade vejam que sua postura tem sido distinta. Ao abrir mão de ser financeiramente mantido pela comunidade e dedicar-se ao trabalho manual para assegurar seu sustento, dá mostras de situar-se em uma “rede de relações” distinta daquela das pessoas que o criticam (cf. MARTINI, 1995, p. 159). Em síntese pode-se afirmar que o contexto está marcado pela divisão da comunidade de Corinto em distintas correntes, e que Paulo faz uma defesa contundente de seu ministério frente a seus críticos que produzem essa desunião.
O texto
Após haver apontado para o que julgava não estar bem na vida da comunidade de Corinto e após haver rebatido os argumentos dos que não o consideravam a altura do carisma de apóstolo, Paulo inicia a saudação de despedida (que é o início da perícope em estudo), com a palavrinha loipon (de resto, no restante, quanto ao mais). Ou seja, apesar de sentir-se no dever de repreender sua comunidade, ele não se esqu ce de qual é a fonte de que tanto ele quanto ela vivem! Como que virando a página, ele convida a comunidade para alegrar-se: chairete (alegrai-vos). O tema da alegria cristã aparece com força na Carta aos Filipenses, e também aqui na Segunda Carta aos Coríntios o apóstolo recorda que a alegria é essencial para a vida cristã. Alegria é o que resulta do agir de Deus na vida de cada pessoa e também na vida da comunidade. Ela é expressão de uma existência que se sabe amparada por Deus, também nos momentos mais duros e conflituosos.
Nas recomendações que seguem, ou mais que isso, nos imperativos que Paulo apresenta, há indicações de caminhos e de posturas novas, que resultam da fé. Como que emoldurados pela alegria e a paz, a nova vida que resulta da comunhão que o Espírito Santo cria, deve se manifestar numa caminhada de unidade. Assim, os verbos katartitsesthe (deixai-vos aperfeiçoar), parakaleisthe (deixai--vos consolar ou aconselhar), e froneite (sejam concordes, tenham o mesmo modo de pensar) refletem a mesma ideia e busca de unidade pela qual o apóstolo se empenhou em toda a sua carta. “Esta saudação traz um cunho peculiar e tem em mira um alvo especial. Desdobrando-se em diversos termos que se assemelham, ela é empregada tendo em vista as facções, as desavenças e as discórdias existentes no seio da comunidade coríntia” (SCHELKLE, 1967, p. 253-254).
Por fim, como que selando suas recomendações, o apóstolo pede aos membros da comunidade em Corinto que eirēneuete (preservem a paz). A alegria e a paz formam a moldura de uma vida comunitária baseada no seguimento de Jesus. Essa moldura se rompe quando não se dá atenção à correção e ao aperfeiçoamento que Deus promove, deixando que as discórdias e desavenças se sobreponham à unidade. As formas passivas dos verbos servem ao propósito de fazer ver que é o próprio agir de Deus na comunidade que tem como resultado a alegria, o aperfeiçoamento, o aconselhamento, a concórdia e a paz.
Os cinco imperativos vêm acompanhados de uma promessa: O Deus de amor e de paz estará com vocês (v. 11b). “E a promessa deve ser vista dialeticamente: Deus só pode morar com eles se entre eles houver paz e amor; e só pode haver paz e amor entre eles se Deus habitar com eles. O ser de Deus é caracterizado por paz e amor. E a vida da comunidade deve espelhar este ser divino” (GREUEL, 1983, p. 243).
Na sequência, Paulo recomenda que se pratique o sinal concreto de concórdia e de paz: o ósculo, o beijo. “Provavelmente, encerrava-se a prédica, [...] convidando a todos para o ósculo santo. Em vista disso e como, certamente, toda carta apostólica que chegasse era lida em substituição à pregação, Paulo termina a sua externando o mesmo convite. O ósculo representa paz e congraçamento não somente dos ouvintes entre si, como também desses com o apóstolo ausente e distante. Assim como, de ordinário, o primeiro ósculo partia do pregador presente e dele se espalhava pela igreja, Paulo ausente também participa, por intermédio de sua carta, do ósculo fraternal da comunidade. Desta forma, reatam-se os laços de amizade e íntima união entre ambos” (SCHELKLE, 1967, p. 254).
A prática do ósculo também aparece em outras passagens de Paulo (Rm 16.16; 1Co 16.20; 1Ts 5.26; 1Pe 5.14), demonstrando seu lugar na vida comunitária. A saudação de todos os santos, mais do que mera formalidade, lembra aos coríntios sua pertença ao povo do Senhor que abrange outras regiões, no caso, provavelmente, as pessoas cristãs da Macedônia (cf. 2Co 9.2). Eles e elas não estão sozinhos em Corinto, mas são amparados por irmãos e irmãs que vivem noutras situações e que com eles se solidarizam. O versículo final, a bênção apostólica, acentua o tema da Trindade. “Esta fórmula trinitária, provavelmente de origem litúrgica (cf. também Mt 28.19), tem seu eco em numerosas passagens das epístolas [...] (Rm 1.4s; 15.16,30; 1Co 2.10-16; 6.11,14,15,19; 12.4-6; 2Co 1.21s; Gl 4.6; Fl 2.1; Ef 1.3-14; 2.18,22; 4.4-6; 2Ts 2.13; Tt 3.5s; Hb 9.14; 1Pe 1.2; 3.18; 1Jo 4.2; Jd 20.21; Ap 1.4; 22.1; cf. At 10.38; 20.28; Jo 14.16,18,23)” (Bíblia de Jerusalém, nota z). A comunhão que Paulo espera ver na comunidade cristã em Corinto é possível porque o Espírito Santo a cria. Assim como há unidade na Trindade, Paulo conclama para a unidade em Corinto. Termina sua carta com uma saudação trinitária, invocando o Deus que é unidade e comunhão.
3. Meditação
Pois não anunciamos a nós mesmos; anunciamos Jesus Cristo como o Senhor e a nós como servos de vocês, por causa de Jesus (2Co 4.5). Quando o apóstolo Paulo assim se expressou, ele o fez porque estava na situação de precisar defender seu ministério de suspeitas e ataques por parte de pessoas da comunidade de Corinto. Ele viveu a experiência de ter seu ministério contestado pelos fiéis. Diziam que ele não era apóstolo verdadeiro, pois não tinha visões, não tinha poder de fazer milagres e não havia nele manifestações poderosas do Espírito (12.1ss). Pelo contrário, sua fala não era boa de escutar, era fraco e humilde na presença de seus críticos, que o acusavam de ser corajoso somente nas cartas que escrevia (10.1; 11.6). Paulo reage, afirmando, por exemplo, que tem rejeitado tudo o que é feito às escondidas e tudo o que é vergonhoso. Não tem agido de má fé e nem falsificado a mensagem de Deus. Ao contrário, tem agido sempre de acordo com a verdade [...] (4.2).
Na Bíblia, lemos sobre pessoas que se consideravam indignas ou, então, incapazes para levar a seus semelhantes a palavra do Senhor. Pensemos em como reagiu Moisés quando recebeu a incumbência de falar ao faraó no Egito: Quem sou eu para ir falar com o rei do Egito e tirar daquela terra o povo de Israel? (Êx 3.11). Também o profeta Jeremias tentou se desculpar dizendo: Senhor Eterno, eu não sei como falar, pois sou muito jovem (Jr 1.6). Paulo, porém, foi criticado por pessoas de uma de suas comunidades. Em resposta, ele afirmou: Nós não somos como muitas pessoas que entregam a mensagem de Deus como se estivessem fazendo um negócio qualquer. Ao contrário, foi Deus quem nos enviou, e por isso falamos com sinceridade na sua presença, como servos de Cristo (2.17). A consciência desse mandato divino faz do apóstolo não um dominador, mas servo da comunidade, e a sua pregação tem como objetivo confessar que Cristo é o Senhor e levar a comunidade a espelhar isso em sua vida. Esse é o tesouro que a comunidade recebeu, do qual ela vive e é incumbida de anunciar ao mundo todo: falamos porque cremos.
Antes, porém, que a gente se sinta indigno ou muito fraco para a tarefa, assim como Moisés e Jeremias, ou antes que nos sintamos muito seguros, como os críticos de Paulo em Corinto, ouçamos o que o texto de Paulo diz a seguir: Nós que temos esse tesouro espiritual somos como vasos de barro comum para mostrar que o poder supremo pertence a Deus, e não a nós. Muitas vezes estamos em dificuldades, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos feridos, mas não destruídos. Nessas palavras o apóstolo resume a existência cristã vivida na tensão entre a força e a fraqueza. Como testemunhas do Evangelho de Cristo experimentamos, por um lado, nossa própria limitação e, de outro, o auxílio que Deus dá. Como bem escreveu Lutero: “Não digas: ‘Sou perfeito, não posso cair’. Mas humilha-te e teme, a fim de que, estando, hoje, em pé, não caias amanhã. Sou doutor em Teologia e já, durante vários anos, proclamei a Cristo e lutei contra o diabo nos seus pseudodoutores, mas tenho experimentado que isso me causou muitas dificuldades. Não posso repelir a Satanás como gostaria de fazer. Não posso nem sequer apoderar-me, assim, de Cristo como a Escritura mo apresenta, mas, frequentemente, o diabo me sugere um falso Cristo. Mas graças a Deus que nos conserva na Palavra, na fé e na oração, a fim de que saibamos que se deve andar na presença de Deus em humildade e temor e que não devemos orgulhar-nos de nossa própria sabedoria, justiça, doutrina e fortaleza, mas no poder de Cristo que, quando nós somos fracos, é poderoso e sempre vence e triunfa por nós, fracos, a quem seja a glória para sempre. Amém” (LUTERO, 2008, p. 196).
Deus transforma pessoas fracas, de quem pela aparência ou pela falta de belos discursos não se espera muito, em portadores da Boa-Nova. Assim se reconhece que a força que transforma vidas vem de Deus e não pode ser confundida com força humana. Se o apóstolo fosse alguém que, pela aparência exterior, pudesse provocar admiração, talvez o conteúdo do vaso, o tesouro, acabasse ficando em segundo plano. No entanto, ele afirma: Não pregamos a nós mesmos. Nós mesmos somos apenas o recipiente frágil que guarda um tesouro valioso. É surpreendente o modo como Deus age. Ele se revela justamente ali onde achamos que é inútil buscá-lo. Ele escolhe aquilo que o mundo acha que é loucura, para envergonhar os sábios; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu o que o mundo acha fraco. Deus escolheu aquilo que o mundo despreza, acha humilde e diz que não tem importância, para destruir o que o mundo pensa que é importante. Isso quer dizer que ninguém pode se orgulhar na presença de Deus (1Co 1.27ss). Orgulho e autossuficiência não combinam com o modo pelo qual Deus age. A tentação de cada pessoa cristã e da igreja é de querer ser mais do que um frágil vaso de barro que contém um tesouro precioso. A tentação é dar preferência ao reconhecimento público, é mostrar poder, influência, prestígio.
Paulo, porém, não indica esse caminho para a comunidade de Corinto. Antes aponta para o sofrimento que ele enfrenta por amor do evangelho. Seguir Jesus, lembra Paulo, não significa trilhar um caminho de sucesso e de reconhecimento. É o caminho da cruz: Levamos sempre nos nossos corpos mortais a morte de Jesus para que também se veja a vida dele nos nossos próprios corpos. Durante a nossa vida estamos sempre em perigo de morte por causa de Jesus, para que se veja a vida dele no nosso corpo mortal (4.11s). Paulo entende o sofrimento por causa do evangelho como participação no sofrimento de Cristo, a fim de que a comunidade viva. Somente assim, tendo parte no sofrimento de Cristo, ele pode recomendar às suas comunidades que sigam seu exemplo. Não porque ele tenha de si mesmo algo que mereça ser imitado. Ele mesmo não é melhor que os cristãos a quem dirige sua carta. Também enfrenta limitações, também precisa enfrentar espinhos na própria vida. Compara a sua vida com a de um atleta que precisa treinamento constante para alcançar seu alvo. É dessa forma que o apóstolo se entende a serviço de Cristo.
Por isso também o fato de Deus usar as coisas humildes e fracas não poderá servir como desculpa para a gente se acomodar ou até descuidar da tarefa que nos é confiada. A paz entre as pessoas da comunidade em Corinto, pela qual o apóstolo tanto se empenha, não deverá ser confundida com a relativização do evangelho que ele lhes anunciou. A busca pela verdade (11.3-4) e o anseio de concórdia requerem de nós uma postura de humildade. Desse modo, alegrar-se, deixar-se aperfeiçoar, deixar-se aconselhar, ter o mesmo modo de pensar e preservar a paz correspondem inteiramente ao modo como o trino Deus age em nossas vidas e na vida da igreja.
O apóstolo Paulo poderá, pois, servir como um sinal de alerta e também como uma palavra de conforto e encorajamento: às vezes, passamos por situações de absoluto desânimo e cansaço. Os projetos comunitários não se realizam, parece que tudo conspira contra os planos que fazemos, as pessoas em quem confiamos, por alguma razão, nos decepcionaram. Aí vêm o cansaço e a sensação de que nada adianta, pois tudo parece ser em vão. A boa notícia que o apóstolo Paulo nos oferece é esta: acreditar que a vida das pessoas que integram a comunidade pode ser conduzida à unidade. A alegria e a paz são a moldura de uma comunidade que se deixa guiar, corrigir e consolar pelo trino Deus em sua Palavra.
Passos da pregação
1. Apresentar a situação de conflitos vividos na comunidade cristã em Corinto.
2. Descrever o pensamento e a atuação de Paulo em vista dos conflitos experimentados, sobretudo pela atuação de grupos que se opunham ao seu ministério.
3. Apontar para a vida de alegria e paz, frutos da fé de uma comunidade que se deixa corrigir e aconselhar pelo trino Deus em sua Palavra sempre criadora.
4. Auxílios litúrgicos
Oração
Deus, fonte de amor! Agradecemos que nos reúnes aqui para servir-nos com tua Palavra e sacramento. Concede que o nosso louvor a ti seja sincero. Capacita-nos com teu Espírito Santo em nossa disposição de viver em paz com tudo o que criaste. Acolhe nossas orações e responde-nos no tempo certo, de acordo com a tua vontade. Não permite, Senhor, que a dor e a injustiça nos sejam indiferentes. Fortalece-nos na fé, na esperança e no amor. Oramos em nome de Jesus, que contigo e o Espírito Santo é luz para os nossos caminhos, desde sempre
e para sempre. Amém.
Oração de intercessão
Deus, que nos amas e pedes que nos amemos. Obrigado por tua Palavra neste dia. Deixa que ela se manifeste em nossas vidas nesta nova semana que iniciamos. Vai conosco e conduze-nos para que de nossas palavras e atitudes resulte algo bom para as outras pessoas.
Rogamos que tenhamos sempre autoridades que colocam em primeiro lugar o bem do povo que governam e não seus próprios interesses.
Rogamos que tua igreja em todo o mundo seja fortalecida para que a ninguém fiquemos devendo nada, senão o amor com que tu nos amaste em Jesus.
Rogamos por nossas famílias, perto e longe de nós, que tu lhes dês proteção e guarida e que a tua bênção se derrame sobre todas as pessoas que nos são queridas.
Rogamos pelas pessoas que estão doentes, nos hospitais e nas casas. Fortalece, Senhor, e restitui saúde de acordo com o teu querer.
Rogamos pelas pessoas que cuidam de quem está doente ou de quem está só. Dá-lhes forças renovadas.
Tu conheces os motivos de gratidão e também os pedidos de socorro que estão guardados no silêncio de nossas mentes e corações. Nós os colocamos, em oração silenciosa, em tuas mãos para que nos ajudes a carregar.
Oramos em nome de Jesus. Amém.
Bibliografia
GREUEL, Sigolf. Domingo da Trindade: 2 Coríntios 13.11-13. In: Proclamar Libertação. São Leopoldo: Sinodal, 1983. v. IX, p. 240-246.
LUTERO, Martinho. Obras Selecionadas. São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia; Canoas: Ulbra, 2008. v. 10: Interpretação do Novo Testamento
– Gálatas – Tito.
MARTINI, Romeu R. 1º Domingo Após Pentecostes (Santíssima Trindade): 2 Coríntios 13.11-13. In: Proclamar Libertação. São Leopoldo: Sinodal, 1995. v. 21, p. 158-163.
SCHELKLE, Karl Hermann. Segunda Epístola aos Coríntios. Petrópolis: Vozes, 1967. 278 p. (Novo Testamento 8).
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