Quem realmente é rico? Perguntou o jovem discípulo. Aquele que está contente com o que possui! Respondeu o mestre. Desde a criação do mundo estamos enfrentando tal dilema: Enxergar as bênçãos recebidas. O relato do Jardim do Éden é bem conhecido. Todas as árvores frutíferas e tudo o que havia no Paraíso estava à disposição de Adão e Eva. Todavia, tudo foi deixado de lado. O casal não conseguia aproveitar nada do paraíso, enquanto seus pensamentos se concentravam apenas na árvore proibida. Sem dúvida, não se trata de um fato isolado do passado. Antes é um retrato da nossa própria história desde seus primórdios, pois sempre queremos mais. Conta-se que, certa vez, um sujeito colocou uma placa diante da sua casa: Darei a minha propriedade a quem estiver realmente satisfeito. Um rico agricultor desejoso em morar na cidade, ao passar de carro, leu o aviso. Parou e pensou na possibilidade, como qualquer outra pessoa o teria feito. Dirigiu-se ao proprietário explicando o motivo de sua vinda. Você está realmente satisfeito? Perguntou-lhe o dono. Sim! Disse o agricultor. Tenho tudo de que necessito e estou plenamente satisfeito. Então, se você já está satisfeito, porque deseja a minha casa? Precisamos entender que a satisfação não se encontra nos objetos, mas sim nas atitudes. Basta sermos felizes com o que temos e não nos deixarmos levar pelo que não possuímos. A alegria não reside no mudar-se de uma casa para outra maior, ou trocar um carro usado por um zero km, ou deixar o campo pela cidade, ou casar-se, ou mudar de religião. O que está dentro de nossos corações é que faz da vida um paraíso ou um inferno. Quem ocupa o teu coração?