Maravilhosa é a criação e suas belas lições! Sempre achei que o coco era da Bahia. Enganei-me. O coqueiro é nativo do sudeste asiático. Um pouco após a descoberta do Brasil, foi trazido como cultura ao Pernambuco pelo português Duarte Coelho, donde se expandiu. Aliás, o coco é a maior semente que, mesmo sendo relativamente pesada, flutua nas águas salgadas do oceano e é carregado pelas correntes. A própria natureza espalhou-o por todos os cantos nos trópicos. O coqueiro gosta de muito calor, luz e chuva. Não se incomoda com a areia e o sal. Por isso, adaptou-se bem ao litoral brasileiro. No idioma do sânscrito, o coqueiro é trazido como “árvore da vida”. Dele se aproveita desde a raiz para fazer balaios até as folhas para cobrir choupanas. A fruta serve como alimento, leite, vinho, óleo e até remédio. Do tronco, podem ser feitas casas e barcos. A casca do coco é usada em instrumentos de percussão (bongô e conguê). Que maravilha! O coco me remete à história da igreja antiga, onde os discípulos assumiram a tarefa de levar o Evangelho. Todavia, ao chegarem em muitos lugares, descobriam que as pessoas já conheciam o nome do Salvador pelo testemunho de marinheiros, soldados, comerciantes e viajantes. As correntes naturais já tinham espalhado a Boa Semente. Aliás, é dito que um coqueiro produz em média 75 frutos ao ano, tal qual a semente da parábola que lançada em terra boa produziu a 30, 60 e até 100 por um. Diariamente preciso tomar consciência da minha missão. Mas, sem esquecer de que Deus sempre está adiante de mim.