Na antiguidade a hipocrisia fazia parte da arte. O ator usava uma máscara para, na declamação ou teatro, representar um papel que na vida real não era o seu. Não havia nada demais. Todavia, Jesus usou muitas vezes o termo em relação aos fariseus. De fato, era uma acusação. Eles tinham uma fé fingida. Eles representavam aquilo que não eram no íntimo. Por isso, tanto hipócrita, quanto fariseu carregam hoje o significado de “falso”. A OMS e os órgão de saúde, durante a pandemia, colocaram como norma o uso de máscara. Não é arte, nem falsidade. É uma recomendação que visa a saúde da população. Após a ordem dada, houve um período de observância. No entanto, com o passar dos dias, começou a aparecer a hipocrisia. Algumas pessoas desejam somente mostrar que tinham máscara ou ainda que tinham uma máscara “chique”. Virou um desfile. Houve um desvirtuamento, sem o real reconhecimento da necessidade. O passo seguinte foi retirar a máscara do rosto, mas mantendo-a pendurada no pescoço. Alguns até gozaram dizendo que servia para segurar o papo. A piada deu a entender que as pessoas reconheciam a lei, mas faziam do jeito que queriam. Percebe-se hoje que ocorreu muito lero-lero e pouca compreensão. A máscara não deve ter conotação de falsidade, antes de consciência de que o “mal” está aí e precisa ser evitado. A máscara traz o cuidado consigo e com as pessoas à volta. Não usar a máscara trará consequências a curto prazo. Ninguém poderá dizer: Eu não sabia. Cada qual deverá arcar com as consequências, desde o presidente às crianças. Sigamos o conselho apostólico: “Esforço-me por ter sempre consciência pura diante de Deus e das pessoas” (Atos 24.16).