O matuto veio lá do sertão para visitar o primo na cidade, que perguntou: Você quer conhecer a minha igreja? Sim! Gostaria muito. Lá no sertão não há muitas novidades. Assim, cantaram e ouviram a Palavra. Havia muita alegria na celebração. O matuto foi muito bem recebido. Na volta para casa, o primo questionou: O que você achou do culto? Gostei demais. Na sua opinião, qual foi o melhor momento? O matuto deu uma resposta enigmática: Aquele da sacolinha! Como? Você não gostou da banda? Da palavra forte do meu pastor? Sim! Mas, o melhor de tudo foi a sacolinha. O primo não estava entendendo. Então, perguntou: Porque a oferta foi o melhor momento? O matuto estendeu e mão e mostrou uma nota de cinquenta. Na hora da sacolinha, peguei para mim. A palavra me tocou e, de coração aberto, peguei o dinheiro. Você está louco? Disse o primo. Você roubou da oferta? Estranhou o matuto: Roubei o que? O pastor disse que aquele dinheiro era para ajudar pessoas carentes. Eu sou pobre. Então, já peguei a minha parte. O caso pode parecer uma piada, mas de fato é um assunto sério. Reflito como pastor e me preocupo como membro de uma igreja. Nunca vi e não sei de ninguém que tenha tirado ao invés de colocar recursos na oferta. Contudo, eu mesmo já errei em não esclarecer o suficiente o destino da oferta. Ser genérico demais não ajuda, antes confunde. Outra questão bastante atual diz respeito ao destino da oferta. A nossa IECLB sempre foi muito zelosa na prestação de contas do que entra e para onde vai tudo o que é arrecadado, seja em dízimos ou ofertas. Entretanto, há muita “malandragem” no meio evangélico. Quando não há prestação de contas, pode estar certo, existe abuso. Os parcos recursos do povo podem estar sendo usados em benefício próprio. Por isso, não importa qual seja atua denominação, abra o olho e cobre sempre uma prestação de contas.