De relance, a enfermeira viu um jovem entrar no quarto. Ele inclinou-se sobre o paciente moribundo. Então, ela falou: João! Seu filho está aqui. Com esforço, o velho abriu os olhos. Mas, logo em seguida, fechou-os outra vez. O jovem – sentado ao lado do leito - apertou a mão envelhecida do enfermo. Passou horas ali, sussurrando palavras de conforto ao velho. Todavia, a morte alcançou aquele corpo cansado de lutar. João partiu com uma expressão de paz no rosto. Em instantes, uma equipe chegou ao quarto para desligar aparelhos e remover o falecido. Então, a enfermeira aproximou-se do jovem para lhe dizer algumas palavras de conforto. Mas, ele a interrompeu com a pergunta: Quem era esse tal de João? Assustada, a enfermeira questionou: Eu achei que fosse seu pai! Não. Eu nunca o havia visto antes. Então, porque você não falou nada quando o anunciei para ele? O jovem declarou: Eu percebi que ele precisava de alguém ao seu lado. Contudo, ninguém da família estava por aqui. Percebi que ele estava muito fraco para me reconhecer. Resolvi segurar a sua mão para que se sentisse amparado. Naquele momento, senti que ele precisava de mim. Felizes os que misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia deles (Mateus 5.7).