Amaro tinha dois filhos, aos quais amava profundamente. Certo domingo, no almoço, disse aos meninos: Se tiver condições, tudo que vocês me pedirem, eu lhes darei. Os dias se passaram, o mais novo vendo seus amigos jogarem futebol, pediu ao pai uma bola. No aniversário, o pai lhe deu o presente tão desejado. O irmão mais velho, vendo que alguns amigos mais ricos tinham um relógio, pediu ao pai de Natal um relógio de ouro. Passaram-se as festas e nada de receber o pedido. Ganhou apenas uma muda de roupa. Ele pensou: Nem sempre o pai atende ao que pedimos... Só algumas vezes. Passaram-se semanas, meses, anos... O menino agora já era um rapaz, quase formado em Direito. Nem lembrava mais do pedido feito na infância. Naquele Natal, o pai colocou um pequeno embrulho debaixo do pinheirinho. Chamou o rapaz para o canto e disse: Meu filho! Há muito tempo você me pediu um relógio de ouro! Mas, na época, você era muito jovem. Você não teria condições de zelar um bem tão precioso. Agora, você já pode ter um. O pai entregou-lhe o presente. Somente Deus sabe o momento que podemos e temos condições de ganhar e usar o nosso relógio de ouro, o momento que podemos ter o que pedimos, para que os nossos pedidos não se transformem em algo para nos separar dele. Por isso: Se crerem, receberão o que pedirem em oração (Mateus 21.22).