Certa noite Alfredo procurou seu avô com a seguinte conversa: Opa! Não aguento mais minha mulher. Tenho vontade de matá-la, tanto que a odeio. Mas, tenho medo que descubram. O senhor pode me ajudar? Bastante assustado com a situação e proposta, o velhinho pensou e respondeu: Posso sim! Mas, tem uma questão: Primeiro você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que você é o responsável, quando ela morrer. Você vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecido, paciente, carinhoso, menos egoísta, retribuir sempre, escutar mais... Agora – esfregando as mãos – o velhinho disse: Vamos ao crime! Tá vendo estas ervas aqui? Todos os dias você vai colocar um pouco na comida dela. Assim, ela vai morrer, mas... Aos poucos. Passado 30 dias, o neto voltou e disse: Opa! Eu não quero mais que a minha esposa morra! Eu passei a amá-la. De duas semanas pra cá ela virou um doce de pessoa. E, agora, Opa... Como eu faço para cortar o efeito do veneno? O velhinho, então, respondeu: Não se preocupe! O que eu te dei foi diurético e remédio pr’o estômago. Ela não vai morrer, pois o veneno estava em você! Tal mal já foi curado. Na verdade, quando alimentamos rancores, morremos aos poucos... Que possamos fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu. Que possamos tratar aos outros, como gostaríamos de ser tratados. Que possamos ter a iniciativa de amar, de dar, de doar, de servir, de presentear... E, não só querer ganhar, ser servido, tirar vantagem e explorar o outro. Que o amor de Deus nos alcance todos os dias, pois não sabemos se teremos tempo de nos purificarmos com o antídoto chamado “perdão”. Leia Romanos 12.9-21.