Tudo vem de casa, onde aprendemos a caminhar, falar e se comportar. Uma boa educação gera indivíduos bem-educados. O inverso também é verdade. Mas, mesmo estes, pela graça de Deus, podem ser mudados. Desde pequeno, aprendi a comer saladas e legumes. Mas, não comia cebola de jeito nenhum. Era uma mania. Manias, todos têm. Donde vem? É uma boa pergunta. Certo dia, precisei conversar com o professor após uma aula. Demorei-me em chegar no refeitório acadêmico. Quando cheguei, encontrei a raspa da panela. Era o suficiente. Contudo, não havia salada. Perguntei na cozinha: Não tem nada? A cozinheira apontou à prateleira. Havia um vidro enorme de cebolas em conserva. Criou-se um conflito: Queria uma salada, mas só tinha cebola. Comi e gostei. Hoje, faço questão de ter cebolas no meu prato. A mania foi superada. Outra experiência interessante ocorreu aqui em Garuva, nas festas da Comunidade. Há muito tempo estava incomodado com o fato de tanta comida ir ao lixo. Não era exatamente sobra da cozinha. Mas, sobra dos pratos. Desde sempre, as pessoas comem com os olhos. Todavia, deveriam ater-se mais e pensar no preparo do prato, servindo-se somente aquilo que irão dar conta. Isso também é algo que se aprende em casa. O desperdício gera a pobreza da família e também da nação. Basta uma palavra amorosa antes: Cuide para não desperdiçar! Sirva o que vá comer! Se tiver mais fome, sirva-se novamente. Começamos a aplicar a regra em todas as festas. As sobras diminuíram drasticamente. Graças a Deus. Aliás, graças a Jesus, pois ele mesmo nos ensina na história da multiplicação dos pães e peixes quando diz: “Ajuntem os pedaços que sobraram. Que nada seja desperdiçado” (João 6.12).
