Augusto foi criado nos princípios da fé cristã. Mas, na adolescência perdeu a mãe ao câncer. As dificuldades na escola aumentaram. Ele tinha poucos amigos e os que tinha eram de má-índole. Afastou-se da família e também da igreja. Percebendo a dificuldade do pai em lidar com o menino, a avó pediu licença e tomou a dianteira. Augusto amava e respeitava a “velhinha”. Ele jamais faria algo que a ofendesse. Então, sentaram-se junto à mesa da cozinha para conversar. A avó questionou: O que é que há? Lembre-se de que sua mãe queria o melhor para você, por isso o criou nos caminhos do Senhor. Para disfarçar, o menino respondeu: Só não vou mais à igreja. Eles vivem bem sem a minha presença. Mas, estou tranquilo com Deus. Ela escutou, coçou o queixo e mandou-o pegar o cutelo na gaveta. Em seguida, pediu que colocasse a mão espalmada sobre a mesa, dizendo: Fique quieto que vou cortar o teu mindinho. Você não precisa mais dele! De imediato, Augusto recolheu a mão ao bolso. Não preciso do meu dedo? Assim a senhora me assusta. Com seriedade, questionou o menino. Ela continuou: A igreja é como o corpo, que precisa do mindinho. A igreja também precisa de ti. Agora, pense comigo: Se cortasse o teu dedo, você sentiria muita dor. Mas, o que iria acontecer com o corpo? Ele sobreviveria sem o dedo! Disse o menino. Esperta, a avó continuou: Mas, o que aconteceria com o dedo? Nesse momento foi Augusto quem respondeu pensativo: Apodrecer? Para finalizar a conversar, a matriarca enfatizou: Querido! É isso que está acontecendo contigo. Por isso, deixe as más companhias e volte à igreja que te ama. Augusto entendeu o recado da avó. Não esqueça: Deus usa a igreja, a família, a mãe para manter a nossa fé.
Um reggae, “Corpo e Família” (2010).