Séculos atrás, no porto havia uma galera, onde prisioneiros tocavam os remos. O rei, que inspecionava sua frota, se aproximou dos prisioneiros e perguntou-lhes o que tinha acontecido em suas vidas para que acabassem vivendo agora nesta situação miserável. O primeiro homem disse que estava lá porque o juiz aceitou suborno de seus inimigos e assim foi condenado injustamente. O segundo disse que veio de uma família destruída, com pai alcóolatra. O terceiro disse que tinha sido traído por sua mulher, caindo no crime. Assim, o rei foi escutando uma desculpa após a outra. Mas, havia um homem quieto no seu canto, o qual sequer olhava ao rei, o que lhe chamou a atenção. O rei se aproximou e perguntou: Por que razão você está aqui? Timidamente o prisioneiro respondeu: Meu senhor! Estou aqui porque mereço. Eu precisava de dinheiro e roubei. Eu estou agora pagando a pena pelo meu erro. O rei ficou comovido pela franqueza daquele sujeito. Então, chamou o capitão e lhe disse: Aqui estão 49 homens inocentes. Estão aqui de maneira injusta. Esse é o único homem que assumiu o seu crime. Peço que o libertem imediatamente, pois tenho medo que ele possa infectar os demais remadores que são tão bons. Assim, o homem que havia assumido seu crime foi retirado da galera e perdoado, enquanto os outros, que continuavam colocando a culpa nos outros, voltaram ao trabalho, remando o resto de suas vidas. Mas, afinal que tipo de pessoa somos? Livres, que confessam a sua culpa e os seus pecados, que reconhecem suas fraquezas... Ou escravos, que se declaram inocentes e irrepreensíveis, que insistem nas suas desculpas e culpas alheias? Muitos cometem o mesmo erro, sem entender que a confissão (e o arrependimento) traz perdão e libertação, que enche a alma com paz e alegria. Leia o Salmo 51.10.