Dias atrás (19/11) refletindo sobre a Bandeira Nacional me dei conta de que ela, de tempos em tempos, sofreu alteração. A princípio foi criada, levando em conta, as raízes imperiais da Brasil. Ou seja, não negou as suas cores básicas (verde e amarelo). Hoje, percebo quão facilmente as pessoas se esquecem de suas origens, não apenas culturais, também religiosas. Na verdade, sem raiz, a árvore tomba. Será que uma pessoa que nega sua origem - também religiosa – não tomba? A novidade na bandeira, após a Proclamação da República, foi o acréscimo do globo azul escuro com as estrelas, as quais representam os estados brasileiros. Então, mesmo o que é antigo – cito as cores básicas - precisa de renovação. Nas comunidades luteranas, com tanta diversidade musical e instrumental, não há como manter o uso único e exclusivo dos cânticos do século XVI acompanhados pelo harmônio. Os louvores antigos jamais perdem sua beleza. Mas, é preciso se atualizar. Obviamente, sem perder a raiz. Outro detalhe interessante em nossa bandeira com respeito às estrelas é que, no final do século XIX, quando da Proclamação da República, o Brasil não estava dividido com hoje. Com o passar do tempo, novos estados surgiram. A própria capital federal mudou do Rio para Brasília. Ainda, há planos da divisão do estado do Pará em dois (Carajás e Tapajós). O que era não é mais e ainda poderá ser diferente no futuro. O conjunto das estrelas foi acrescido na bandeira. Todavia, a constelação é a mesma. Lembro que, na antiguidade, as constelações davam rumo aos viajantes. Pelas estrelas, eram conduzidas caravanas no deserto e barcos no oceano. O Reino de Deus continua a ser a nossa constelação maior. Ele não muda. Todavia, dia após dia, pessoas despertam à fé, compreendendo a importância do seu testemunho. Assim, também somos desafiados pelo lema da IECLB. Ou seja, ser sal e luz na sociedade onde estamos inseridos. Ainda hoje seguimos ao Deus Criador, de tudo e de todos, o qual nos enviou uma ‘carta de orientação’ na pessoa de Cristo. Ele é a principal estrela na constelação do Reino de Deus. Dele é a luz que refletimos onde estamos. Então, no Calendário Eclesiástico, adentramos no período de ADVENTO, que é cheio de luzes, em sua maioria apenas de enfeite. Todavia, nosso desafio é fazer com que a luz de Cristo brilhe primeiro em nosso coração. Que dentro de nossa família, círculo de amizades e sociedade apontemos sempre à luz maior que não apenas conduz, mas traz salvação. Amém!
De 1973, “Nas Estrelas” com Vencedores por Cristo.