São dois caminhos distintos, também duas perspectivas da natureza humana. Ao entrar em Jerusalém, naquela principal via, Jesus foi aclamado como novo rei. Sim! Havia muito anseio humano por conquistas na esfera política. Contudo, o Salvador continuava focado na cruz. Ele sabia que a sua entrega, tal qual cordeiro, sem reclamar, seria a justificação pelos pecados da humanidade. Dias depois, de novo na mesma via, o mesmo povo que, outrora gritava “hosana”, agora xingava a cuspia naquele que seguia ao Gólgota. Para Jesus, nenhuma novidade. Ele bem conhecia o coração humano. Inclusive conhecia o seu próprio coração. Se permitisse, ficaria com raiva daquele povo desprezível, falso e ingrato, o qual, depois de tantas bênçãos, desejava apenas ver o sangue. Jesus continua firme. Será que hoje conseguimos enxergar o contexto maior do Reino de Deus quando seguimos por caminhos tortuosos, passando pelas dificuldades ou, como diz o Salmista “pelo vale da sombra da morte (Salmo 23.4)?
De 2021, “Eu Amo Essa Cruz” com Fernandes Lima.